Eros jazia, corriqueiramente, em seu sofá em frente à lareira, o terceiro copo de uísque, o terno caríssimo ao chão. Ele já não gozava de mais uma lágrima sequer, seu cérebro apenas conseguia processar o fato de que perdera a mulher da sua vida, o seu filho e toda a sua vida. Mas, no fundo, ele já sabia que havia os perdido no momento em que contatou Ashely para um falso sequestro a fim de tomar Portia para si.
O silêncio de sua mulher era ensurdecedor, angustiante, poderia estar fazendo qualquer coisa naquele quarto, trancada há horas. Certamente, estaria arrumando as malas para partir no primeiro vôo que a levasse para os braços de Uno, seu verdadeiro e único amor.
Para a surpresa de Eros, Portia desceu ás escadas, mas, ao contrário do que acreditava, não carregava malas consigo, apenas usava uma simples camisola de seda branca e estava desalço. Ela caminhou diante dos olhos de Eros e sentou-se ao seu lado. Pegou da cristaleira uma taça e também serviu um uísque.
_Você vai me matar? _Eros indagou fitando-a.
_Só vou beber. _Ela deu de ombros. _Como você planejou?
_Eu assisti um filme no qual o um homem loucamente apaixonado sequestrava a mulher da sua vida e dava a ela 365 dias para ela se apaixonar por ele, caso contrario, no último dia ela poderia partir. _Ele contou. _Eu liguei ara Ashely e lhe ofereci uma boa quantia em dinheiro para me ajudar, ela aceitou. Fizemos algumas clausulas e no contrato só permitia que ela me machucasse, mas nunca á você. Eu tinha mais um contato do lado de fora que controlava tudo, subordinei os policiais para incitar Uno e fazer com que ele acreditasse que você estivesse morta. O sequestro permaneceria até ele ir.
_Estou chocada. _Ela deu um gole em sua bebida. _Não seria mais fácil se apaixonar por outra mulher?
_Isso não é uma possibilidade para mim. _Ele retrucou. _Achei que sendo um bom marido e bom pai fosse uma forma de me redimir com tais atos, mas quando eu tive um contato com Uno e percebi o quão bom ele é para você, nunca mais consegui dormir tranquilo.
_Ele está casado agora. Não é bom para mim. Sabe que vou ficar sozinha a mercê do mundo com um filho...
_Quando Uno descobrir, a primeira coisa que fará, será largar daquela mulher e correr para seus braços.
_Jamais destruiria a vida de uma das poucas amigas que tive.
_Mas você ama Uno.
_E também amo você...
Estas palavras fizeram Eros saltar e a encarar estupefato.
_Eu não entendo... Acabei de dizer que te sequestrei!
_Eu sei. Mas eu sigo te amando. Assim como amo Uno que me abandonou duas vezes.
_Mas a segunda vez foi uma armação...
_Mas mesmo assim abandonou... _Ela deu de ombros. _Eu não vou te deixar... Eu amo você, Eros. Eu amo você. _Ela o fitou em lagrimas. _Pode parecer loucura, mas... eu fui abandonada por meu noivo uma vez, organizar um sequestro para ficar ao meu lado é a declaração de amor mais linda que eu posso receber! _Ela se esgueirou ate o colo de Eros colocando suas pernas em volta de sua cintura ficando de frente para ele.
_Portia... eu...
_Ame-me loucamente, Eros... eu quero ser amada loucamente! _Ela retirou sua camisola de ceda ficando completamente nua. Ver Eros ali, sedento e ficando duro só deixava sua intimidade cada vez mais úmida.
_Eu te amarei como um louco! _Ele sussurrou pouco antes de abocanhar os seios de sua garota.
Ela, por sua vez, jogou sua cabeça para traz e deixou-se levar pelo excitação que percorria por todo seu corpo. Ele a soltou por alguns segundos enquanto desabotoava sua camisa, ela desceu de seu colo e ajoelhou-se a sua frente, o encarava sedenta enquanto desabotoava sua calça e jogava seu cinto de couro para longe, tirou seu membro ja completamente rijo para fora, ele não esperou nem ser masturbado, logo emaranhou seus dedos no cabelo de Portia e puxou para seu membro sua boca semi aberta. Ele elevou o quadril e passou a movimenta-lo também q fim de penetra-la profundamente. Portia engasgava e babava enquanto o membro de Eros punia sua garganta.
_Isso está uma delicia, amor. Mas eu necessito da sua buceta! _Ele murmurou largando o cabelo dela e puxando seu braço para ela sentar-se sobre ele.
Portia jogou longe a camisa de linho branco de Eros e o beijou. Seu braço completamente tatuado apertou o corpo esguio de Portia para si. Ela se sentiu rasgada completamente ao ser penetrada e a sua lubrificação permitiu um delicioso deslize para cima e para baixo. Cavalgou entre tapas, palavrões e puxadas de cabelo até que suas pernas cedessem ao cansaço.
_Está cansada, amor? _Ele ralhou entre os suspiros. _Fica de quatro que eu vou te foder agora! _Portia obedeceu, ficando sobre os quatro membros e empinou a coluna.
Eros se posicionou atras dela fazendo-a gemer de prazer enquanto roça a glande de seu membro em toda a extensão das fendas de Portia. Bateu o mastro algumas vezes no clitoris antes de penetra-la com veemência.
_Não geme tão alto, sua safada! _Ele sussurrou enquanto empurrava o pênis para dentro de Portia cada vez mais forte.
_Não consigo, amor... _Ela murmurou.
Ele, então, curvou-se sobre sua garota e com uma das mãos tapou-lhe a boca. Meteu tão forte que em poucos minutos debruçaram-se em deleite juntos.
***
_Então ela vai ficar fora por um tempo? _Kwan indagou. Estavam sentados sobre um banquinho de pedra e as folhas das arvores do parque dançavam na deliciosa brisa.
_É a mãe dela... _Ekyom deu de ombros. _Mas confesso que fico chateado por não poder acompanhar o crescimento do bebê.
_Deve ser difícil. Talvez devesse ir... não é porque é o segundo filho que tem menos importância!
_Mas e a banda? _Ele indagou. _Nossa agenda não esta lotada nesse semestre, mas temos alguns shows!
_Podíamos dar uma pausa... ate as coisas melhorarem!
_Não sei, acho que não seria bom.
_Antes de tudo, porque não fazemos uma reunião? Quem sabe poderemos chegar a um acordo.
_Acho que pode ser.
_Certo. Vou marcar uma hoje mesmo!