Depois que disse aquilo eles ficaram calados, subi pro quarto e liguei pra Nina, ela não atendia acho que a diretora falou pros pais dela também espero que ela esteja bem. Que vontade de esganar aquela diretora até a morte(acho que peguei pesado ops) ela não tem o direito de nos tirar do armário cada um tem o seu tempo e não queríamos que isso acontecesse dessa forma como disse ela não tem esse direito. No dia seguinte liguei para a Nina, ela parecia desesperada chorando pelo telefone, tentei acalma-la mas acho que não deu muito certo, combinamos de nos encontrarmos no parque perto da escola.
*CHEGANDO NO PARQUE*
Eu- Ai meu deus Nina você está muito vermelha
Nina- Eu não sei o que fazer Marie meus pais não aceitam, eu tentei conversar com eles e explicar que ainda sou a filha deles e que eu sabia que ia sofrer mas nunca esperava aquilo vindo dos meus pais. -começa a chorar sem parar
Eu- Eu sei -abraço ela tentando conforta-la. Espero que fique tudo bem
Nina- não sei se vou conseguir voltar pra casa pelo menos hoje
Eu- Bem eu conheço um lugar onde possamos ficar
Nina- Onde??
Eu- Eu tenho um amigo que é gay e os pais são super de boa com isso e super apoiam a comunidade, um dia ele me disse que caso meus pais pais não lidassem muito bem com o fato de ser lésbica poderia ir para a casa dele
Nina- Queria esses pais
Eu- também
*Chegando na casa do Austin*
Austin- Eae Marie?
Eu- Eae, se não for muito incomodo podemos ficar ai por um tempinho?
Austin- Mas é claro -cara de preocupado
Nina- Muito obrigada -começa a chorar
Contei pra ele tudo oque tinha acontecido, cada detalhe era importante naquele momento. Ele nos ajudou muito, deu o apoio que precisávamos. Vimos filmes, rimos, jogamos monopoly, fez agente esquecer do pior. Quando fomos dormir dei um selinho na Nina e disse que ia ficar tudo bem, mesmo que não fique, algum momento eles vão entender.
*Dia seguinte*
Austin- Eae galera, fiz panquecas -colocou um sorriso gigante em seu rosto
Eu- Humm
Nina- tem mel?
Austin- Tem sim, tá naquele armário
Nina- vlw
Colocamos o uniforme e fomos direto para a escola, o que eu menos esperava era que ia ter mais de 24 chamadas perdidas da minha mãe.
Eu- Nina sua mãe te ligou?
Nina- Por incrível que pareça, sim ela me ligou
Eu- Vai falar com ela?
Nina- Acho que não, é difícil
Eu- ei, não precisa acelerar, faz no seu tempo
Nina- blz
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Nada é o que parece ser...
RomanceEssa historia se passa por uma garota de 16 anos chamada Marie que após descobrir sua sexualidade se questiona o que seus amigos e família irão falar sobre.