No Starbucks

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Os dias que se seguiram foram incrivelmente alegres para Malia, ela estava ansiosa para sexta-feira pois, na noite daquele dia, seu avô Will a levaria para a casa de seu avô Jacob, e ela não os via há 25 dias. 

Passar quase 1 mês sem ver os avôs que amava tanto, para Malia era angustiante, pois ela era acostumada a visitá-los a cada 15 dias. A garota era extremamente apegada aos dois, pois sentia que eram os únicos em toda família que lhe aceitavam da forma que era sem criticá-la. 

Malia era uma garota de 165 cm, mas estava um pouco acima do peso para sua idade e altura. Tinha cabelos castanho escuros, liso no topo mas com ondas nas pontas. Seus olhos eram castanho escuros, bem como seu cabelo e eram um pouco puxados como se fosse asiática, então quando sorria, seus olhos ficavam praticamente fechados. Sua bochechas eram cheias, diziam que ela era extremamente fofa. 

Mas o fato era que, essa não era uma garota comum. Malia não gostava de ser como as outras garotas. Ela odiava vestidos/saias. Regatas e roupas com decote? Nunca mais usou depois de começar a se vestir sozinha. Dizia que maquiagem era perda de tempo e nunca usou. Salto? Nunca. Sandálias? Jamais. Ela preferia o básico, mas comprava tudo na seção masculina: bermudas, camisetas largas, tênis, blusas de frio e até camisas sociais. 

Como bem sabem, caros leitores, Malia não tinha muitos amigos na infância ou em sua antiga escola, portanto, ela sempre levava um de seus avôs para ajudarem-na a escolher uma roupa que a deixasse confortável e ao mesmo tempo, a deixasse bela, porque cá entre nós, ela ficava melhor com roupas masculinas do que femininas. 

Quando chegou a tão esperada sexta-feira, Malia acordou 1 hora mais cedo para deixar suas coisas arrumadas antes de sair para o trabalho, pois no intervalo de tempo entre o trabalho e a escola, ela não tinha muito tempo, era só o suficiente para um banho e pegar algo para comer no caminho pra aula. 

Durante o trabalho, Malia não tinha muito tempo para olhar as horas, mas sentia que elas não passavam tão rápido quanto esperado. No entanto, ao fim do dia, foi pra casa tão rápido quanto pôde. Percebeu que seu pai ainda não havia chegado e ficou feliz por isso. Queria evitar a discussão entre eles de novo. Avisou sua mãe que não voltaria até a noite de domingo, despediu-se dela e de sua irmão o mais breve que pôde.

Com seu irmão, a despedida era um pouco mais complexa, pois tinha que explicar a ele onde iria, porque iria e quando voltava. Ela o abraçou, deu-lhe 4 beijos (testa, bochechas e nariz) e deixou que ele fizesse o mesmo. Assim que o fizeram, ela ouviu sua van escolar se aproximando, então pegou suas coisas e saiu. 

Encontrou Allison (que também havia levado suas coisas pois iriam juntas nessa viagem) e Jane. Elas prestaram o máximo possível de atenção nas aulas e, quando chegou a última, as duas não paravam de olhar as horas, pois sabiam que o sr. Will estaria esperando-lhes do lado de fora da escola. Quando o sinal soou informando o fim da última aula, Allison e Malia se despediram dos colegas e desceram rapidamente as escadas com sua coisas até o portão da frente da escola, onde encontraram o avô de Malia. 

-Olha só quem está aqui. Minha querida, como está? - Perguntou vovô Will de braços abertos como se esperasse um abraço.

Willian Beaudelaire, avô de Malia, era um homem de 54 anos, cabelos grisalhos, 1,72m, não muito acima do peso, mas com uma barriga um pouco aparente. Era o que os dois brincavam chamando de barriga de Chopp. 

- Vovô!! - Malia correu para os abraços de seu avô sorrindo. - Como o sr está? 

- Estou muito bem, mas vejo que você está melhor que eu. - Ele respondeu acenando com a cabeça para Allison que estava atrás deles. 

- Ah, claro! Vovô, essa é Allison, ela é minha... 

- Sua companheira. Estou certo? - Ele diz interrompendo a garota. 

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