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Roxa: Então o que nos resta... é suspeitar de todos?- havia uma pitada de medo em sua voz.

Preto: Qualquer um com 3 neurônios entenderia isso...

Vermelho: Bem, fiquem atentos em relação a movimentação dentro desta nave... não confiem em ninguém.

Branca: Até parece que é algo sério, pelo que eu saiba os que estão aqui são experientes...e além disso treinados, acha mesmo que um único tripulante vai causar mal?

Assim que a Branca terminou de falar, as luzes se apagaram. O Rosa imediatamente correu para a sala em que ficava o distribuidor de energia, ao chegar lá ele percebeu que todos os botões estavam desligados...mas como o impostor teria chegado ali sem ser percebido? Era como se aquilo estivesse programado ou estivesse sendo controlado.

Ele sentiu uma pontada forte em sua perna, quem lhe dera fosse somente uma câimbra, era como se seu corpo se esfarelasse em pura dor e um líquido viscoso vermelho. Vieram outras pontadas, muitas, várias. Ele caiu no chão em seguida, mas não antes de ligar o último botão que faria as luzes se acenderem.

Rosa: Você...é você!

A imagem estava borrada aos seus olhos pela perda de sangue, a última coisa que viu foi a sombra de cor indefinida entrar no tubo de ventilação.

Em vinte segundos a luz voltou, todos estavam na sala da comunicação, com excessão do Rosa.

Laranja: Espera... só tem nove de nós aqui.

Eles gelaram, não era possível ver suas expressões por causa do capacete, mas estavam suando frio.
Um grito estridente foi ouvido, levando o grupo até a sala em que o Rosa estava caído ao chão. Sua perna cortada ao meio e a arma do crime deixada no local, uma faca grande e extremamente afiada.

Azul: Como...como isso passou despercebido?!

Verde: Não passou...por que nenhum de nós carregava isso, pelo menos não quando descobrimos que alguém não deveria estar aqui.

A mulher de traje verde apontou para um dos armários cheios de fios e disjuntores, ele estava aberto e pelo que tudo indicava alguém havia escondido sua arma ali.

Amarela: Mas podemos...olhar as digitais na faca não é?

Vermelho: Estamos todos com trajes, não há digitais.

Preto: Mas que merda!- ele bate no armário com raiva.

O Laranja se ajoelhou próximo ao corpo do Rosa e suspirou.

Laranja: Você era o único idiota dentro dessa lata velha com quem eu conseguia conversar...seja lá quem for - ele olha para trás onde estão os outros 8 -vai me pagar na mesma moeda.

Vermelho: Se acalme Laranja, temos que desconfiar de todos mas não é motivo para matar qualquer um que se tiver desconfiança...

Nesse momento o homem, antes ajoelhado, se levantou e empurrou o vermelho contra a parede.

Laranja: É fácil pra você não é, capitão? Você mantém a calma desde que fomos alertados, mas quem garante que você mesmo não esteja mentindo? Você nos disse para não confiar em ninguém!

Vermelho: Não te peço que confie em mim, te peço que não aja com imprudência.

O capitão saiu da sala indo cumprir tarefas pendentes, seguido pela Verde, que estava particularmente com medo de andar sozinha, fazendo com que os tripulantes tivessem que decidir o que fazer com o corpo.

Preto: Jogar no vácuo do espaço parece uma boa ideia, eu gostaria de morrer assim.

Branca: Você não tem coração não é? Ele pode ter família, amigos queridos e pessoas que queriam seu bem. Não vamos jogar ele no meio do nada!

Marrom: Querendo ou não ele é um cadáver...vai se decompor enquanto estiver aqui e logo começará a feder.

Eles ficaram discutindo sobre o que fazer com o Rosa, já a Azul e a Roxa foram cumprir suas tarefas juntas, talvez assim não houvesse perigo de alguma das duas morrer. A questão era continuar alerta, foram até a administração para registrar seus cartões, era necessário fazer isso depois de certo tempo provavelmente para confirmar que estavam bem.

Azul: Ei, eu me toquei agora...se há um impostor aqui ele não está registrado no sistema...e também não realiza as tarefas! Só temos que prestar atenção.

Roxa: Boa observação! Ele não vai ter um cartão para usar... não vai aparecer nessa sala em nenhum momento!

Uma sirene irritante começou a soar, o reator foi sabotado e, chegando lá às duas puseram suas mãos no painel indicado, parando a possível explosão que faria a nave cair.

Se tratando do Rosa, decidiram colocá-lo na enfermaria, embora não estivesse doente os leitos de lá estavam todos desocupados. O laranja e o Preto o levaram até lá, enquanto o Marrom e a Branca ajudaram a limpar o sangue espalhado. O vermelho então entrou na enfermaria, se sentando numa das cadeiras perto dos leitos.

Vermelho: Me desculpe se pareci insensível, mas não há nenhum consolo que eu possa te dar, falo isso não como seu capitão mas como seu companheiro.

Laranja: Eu não sei quem você é, muito menos do seu passado. Não me chame de companheiro.

Vermelho: Acredite, você não gostaria mais de mim se soubesse o que fiz...

Preto: Você não cansa de ser o senhor certinho, Vermelho? Você não se exalta, não mostra sentimentos. Para mim você seria uma pessoa ideal para cometer algo desse tipo - aponta para o corpo do Rosa.

Vermelho: Eu não lhe devo satisfações...do que deixo de fazer com minhas emoções. Uma pessoa que age por impulso, se deixando levar pela raiva também seria perfeita para fazer isso, não acha Preto?

Preto: Não tente se esquivar do que estou dizendo, muito menos jogar a culpa para cima de mim. Já fiz coisas horríveis, mas eu tenho meus princípios, matar alguém que veio nesta missão está bem fora deles.

Verde: Até mesmo se você tivesse se irritado com algo não teria feito isso?

Preto: O que está insinuando garota?

Verde: Você nunca se deu bem com o rosa, todos aqui dentro sabem disso.

Preto: Escuta aqui, por que você não enfia essa língua grande dentro do seu-

Vermelho: Pessoal não vamos discutir...a tensão já é grande o suficiente por si só.

Among Us: a história por trás das telasOnde histórias criam vida. Descubra agora