02 Relação Fatal

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— Olá, gatinha! – sei que é o Sorah e que deve estar me olhando com uma cara de tarado.

— O que você quer?

— Calma, gatinha! Vim em missão de paz! — mas seu sorriso diminui. — O chefe quer te ver. — ele informa isso de forma séria e sei que estou encrencada.

— O que ele quer? Eu não faço parte do seu grupinho de monstros sanguessugas.

— Calma lá, mocinha. Só queríamos saber se você precisa de algo, ou se está se mantendo nas sombras. — ele falou muito perto do meu ouvido e sinto um arrepio na espinha, que me deixa com medo dele. Sorah tem um ar gentil quando não está a serviço do estúpido do chefe dele. Ele não é má pessoa, pois, quando eu precisei de ajuda, ele cuidou de mim. O tenho como um irmão.

— Estou bem, Sorah. De verdade. E não estou precisando de nada, nem precisa mentir, dizendo que é o seu chefe, eu sei que é você que quer saber.

Ele me olha com carinho, se aproxima e dá um beijo em minha testa.

— Se cuida, gatinha.

Volto para casa e me deito no meu sofá, cansada. Hoje o dia foi corrido, me levanto e vou para o banho. Quando termino e vou pra cozinha, escuto baterem na minha porta. Estranho, mas talvez, seja o Sorah novamente, querendo algo. Quando abro a porta, me deparo com um Alex todo risonho e cheio de sacolas.

— Trouxe a janta!

Fico olhando pra ele, admirada.

— Oi... — digo.

— Tô te atrapalhando? Não era pra vir? Eu pensei em te ligar, mas percebi que não tinha seu número, aí trouxe a janta como forma de compensar a intromissão. — ele fica todo corado ao falar isso.

— Não! Só fiquei surpresa... Pode entrar.

Ele entra e vai direto pra cozinha, como se estivesse em sua própria casa. Vou em sua direção e começo a ajudá-lo. Dividimos as tarefas, ele trouxe filé de frango e, pelo restante das coisas que estão na sacola, sei que ele quer fazer um estrogonofe para a janta. Percebo a desenvoltura dele na cozinha, e me sento nos bancos que ficam perto da bancada da cozinha e assisto a ele preparando a comida. Tenho que admitir: é sexy ver um homem cozinhando.

Depois de jantar, fomos para o sofá e conversamos bastante, ele me contou como está sendo se adaptar a uma nova cidade, sobre o emprego, que, mesmo não tendo nenhum conhecido, não está sendo tão difícil se adaptar; nesse momento, ele abre um sorriso e não consigo deixar de acompanhar e acabo sorrindo junto, decidimos assistir a um filme, mas sinceramente, nem prestei atenção.

Ele me beija e, entre algumas carícias, o filme chega ao fim; ele me abraça e vamos pro meu quarto. Sinto seus beijos ao longo do meu pescoço, e isso vai causando arrepios em minha pele, fecho os olhos e começo a me perder em seus carinhos; sinto seus dedos se firmarem ao lado do meu pescoço. Percebo que não sinto mais sua boca, decido abrir os olhos e me deparo com ele me olhando, como se estivesse hipnotizado, ficamos nos olhando dessa forma por alguns segundos, mas sei que poderia passar horas o observando, posso afirmar que estou ficando fascinada por ele.

Pela manhã, acordamos e tomamos café, a conversa estava muito boa, mas temos que ir trabalhar, combinamos dele vir à noite para jantarmos juntos, e que dessa vez eu iria preparar a comida. Ele se despede e vai para seu apartamento. O resto do dia passa de forma normal. À noite, jantamos e mais uma vez ficamos conversando e novamente ele dormiu aqui em casa.

Bela como a NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora