Alice Ballard...
Entraram na nossa casa como se fossem prender um terrorista, Nathalie fita o xerife confusa:
— Como assim o celular da Julie está aqui? Ela está morta!
Ele gesticula para alguns policiais que passam por ele indo para o segundo andar, antes que dissesse algo ele faz sinal para me calar.
Vejo-o fazer uma ligação, um dos policiais na escada avisa:
— Parece estar vindo aqui de cima xerife.
Subiram correndo, Nathalie e eu nos entreolhamos confusas, vimos todos subirem correndo, subimos logo atrás e podemos ver policiais entrarem no quarto dos meus pais.
Seguimos em direção e podíamos escutar aquele celular tocar, Connor tenta me impedir de entrar, passo por ele vendo um daqueles policiais ir direção ao meu pai que dormia, levou a mão direção ao bolso dele e pega aquele celular.
Franzo as sobrancelhas:
— Ele... deve ter algum... — O xerife me interrompe:
— Acordem e algemem ele, vamos levar para delegacia.
Nathalie entra nervosa:
— Meu pai não é um assassino!
— Srta. Não atrapalhe, interferência civil é crime.
Me encosto a parede atônita.
Ele acorda assustado ao ser algemado, antes que dissesse alguma coisa fita os olhos azuis em mim, seu cabelo está maior do que me lembrava, algumas mechas caem em seu rosto, sua barba também está grande. Fitou meus olhos:
— Alice?
Antes que eu respondesse vejo os policiais o arrastarem quarto a fora, Nathalie vai atrás revoltada:
— Não podem fazer isso! Ele não é um assassino!
Volto os olhos no espelho do quarto e me assusto ao ver minha mãe no lugar do meu reflexo, sigo em direção trêmula e Connor me puxa:
— Vai ficar tudo bem, vamos provar que ele não tem nada a ver com esses crimes.
Me solto dele voltando os olhos no espelho e me vejo nele, olho em volta confusa.
Sarah questiona me analisando:
— Está tudo bem srta. Ballard?
Passo a mão no rosto e concordo com a cabeça.
Connor me olha preocupado, desvio o olhar dele e escuto-o:
— Tem algum advogado de confiança? Ele certamente vai precisar. Posso arrumar um se for preciso, conheço muitas pessoas aqui na cidade.
Volto os olhos no espelho, olho tudo em volta e engulo em seco. O que está acontecendo comigo?
Connor ia dizer algo, Sarah o interpela tocando-o com um olhar sugestivo. Se aproxima de mim:
— Vêm... Precisa sair daqui.
Sinto uma pressão nos pulmões, concordo com ela e seguimos para fora da casa e após sair dela consigo respirar normalmente.
Posso ver a viatura sair com meu pai, Nathalie está gritando furiosa, Sarah fita os olhos verdes em mim preocupada:
— É a primeira vez que veio aqui desde que...? — Concordo não deixando-a terminar o que diria, a encaro por alguns segundos. Ela avisa — Não sou da cidade. Não vai se lembrar de mim, li algumas informações sobre você por isso sei do que aconteceu.
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Roteiro da Morte
HorrorHuddsville é uma pacata cidade do interior, onde assassinatos sangrentos baseados em um bestseller de um escritor local começam a ser reproduzidos com jovens da cidade. O detetive Connor Davies, retorna a sua cidade natal onde tem um passado do qua...