1º Capítulo - Voltando para Casa

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Era como se a estrada para Huddsville nunca mudasse, estar de volta depois de tanto tempo fora trazia recordações por onde quer que passasse com o carro.

Sorriu por se lembrar que quando mais novo não tinha um carro como tem agora, dirigia o Mustang velho de sua mãe, sentia tanta falta daquela época. Era um misto de nostalgia e tristeza estar de volta.

Estar ali o fazia lembrar das pessoas que deixou e certamente as perdeu, fazia-o lembrar de Alice.

Volta os olhos azuis piscina ao caminho e co­ça a barba escura a fazer que contorna seus lábios finos.

Co­mo sempre uma leve garoa está caindo sobre aquela floresta com névoa saindo entre às árvores.

Em uma cidade onde a população nunca passou de três mil e seiscentos habitantes. Um assassinato era motivo de reforço policial.

Fica pior quan­do se tratava de um duplo homicídio.

Connor dirige até parar na residência dos White, de longe foi possível ver a perícia, polícia e alguns repórteres locais tentando achar qualquer deixa, já que aquele seria o assunto do ano naquela cidade que geralmente nada acontecia.

Desceu do carro colocando aquela jaqueta preta que contrastou bem com seu tom de pele claro, segue direção as barreiras policiais e mostra seu distintivo passando para o interior da mesma, de longe pode ver partes do corpo sendo fotografados.

Myles Donovan, o xerife se aproxima nitidamente desconfortável com aquela situação, toca o ombro de Connor como cumprimento e força um sorriso fitando os olhos azuis no homem:

— Faz um bom tempo que não te vejo. — Sorriu em forma de cumprimento:

— O que acabou com o tom acolhedor e seguro de Huddsville?

— Faz mais de dez anos que estou na polícia, nunca vi nada parecido. — Connor pode sentir o pesar no tom do xerife, volta a atenção a todos que trabalha­vam naquele caso e constata:

— Quando me chamou, percebi que as coisas realmente estavam feias.

— É melhor vir ver. — O xerife foi a frente sendo acompanhado pelo detetive.

Podia ver sangue fazendo uma trilha que ia da casa até onde o corpo estava, sem contar por alguns membros do corpo que ficaram no caminho.

Não conse­guiu esconder a expressão de espanto.

Volta os olhos na janela do segundo andar quebrada, tinha sangue vindo da direção o que ficava evidente que a garota foi lançada de lá. Estava com o corpo mais a frente coberto para evitar que jornalistas locais tirassem alguma foto inconveniente. O xerife indaga:

— Já assistiu ao vídeo?

— Vídeo?

— Parece que não se adiantou muito, detetive.

— Assim que me ligou eu arrumei minhas coisas e peguei a estrada, não tive tempo de estudar o caso.

Uma policial se aproxima, tem cabelo castanho e de um liso pesado um pouco abaixo dos ombros, olhos grandes e verdes levemente puxados e traços delicados embora demonstre ser firme. Entrega um tablet a Connor:

— Postaram as mortes em um site da Dark Web, seja quem for que esteja fazendo essa atrocidade, parece estar dirigindo um "filme de terror". — Connor pega o mesmo fitando a mulher por alguns segundos, que se apresenta — Sou a oficial Sarah Blake, pedi transferência de Chicago para cá há algumas semanas.

Connor gesticula com a cabeça um cumprimento e antes que assistisse ao vídeo questiona:

— Já acharam alguma pista? Se existe uma postagem, tem de ter um login, um endereço, não é tão difícil chegar ao IP do responsável. — A oficial sorrir como se fosse óbvio:

Roteiro da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora