8° Capítulo - Terapia

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Entro naquele hospital correndo e me assusto com aquela repórter vindo para cima de mim com um microfone:

— Estamos no hospital local e acaba de entrar aqui, Alice Ballard, para ter noticias de Connor Davies. O que tem a nos dizer sobre seu pai ter sido preso e solto essa manhã após ter sido suspeito de ser o responsável pelas mortes que estavam acontecendo? 

A empurro e o policial Gater tira ela do hospital, sigo até a recepção e questiono:

— Onde está Connor Davies?

— É parente da vítimas Srta.?

— Onde ele está? — Me fita assustada.

Passo a mão no rosto tentando me acalmar, avisa com uma expressão de desdém:

— Quarto cento e treze.

Corro em direção e busco pelos números nas portas, entro no quarto ofegante e fico estática ao ver Connor sentando com o médico fazendo um curativo em sua barriga, uma sensação de alívio com vontade de chorar me dominam. Connor sorrir fraco ao me ver:

— Oi Alice.

Pisco algumas vezes com vergonha de mim mesma, o médico volta os olhos azuis em mim e sorrir:

— Srta. Ballard? Quanto tempo não nos vemos.

O encaro por alguns segundos, Dr. Chris tinha acabado de começar a trabalhar no hospital quando minha mãe morreu.

Tem um porte atlético e cabelo de um loiro escuro. Fito Connor sem graça:

— Pensei que... É bom que esteja bem.

Dr. Chris toma a frente:

— Ele deu muita sorte, se tivesse sido mais profundo teria atingido algum órgão.

Connor está fito em mim, não sei onde enfiar o rosto por me sentir envergonhada. Acho que eu não deveria estar aqui, ou me preocupar. É confuso.

O Dr. se aproxima e toca meu ombro fitando os olhos em mim:

— Como está Srta. Ballard?

— Ah... Eu estou bem.

— Senti falta das nossas conversas. Foi uma pena o que aconteceu a sua mãe. Sinto muito, deve ter passado por uma fase bem difícil.

Ergo as sobrancelhas desviando o olhar de Connor e fitando o médico:

— Foi sim, obrigada pela consideração Dr.

— Por favor só Chris, não precisa de tantas formalidades. — Sorriu me olhando, o encaro por alguns segundos e ele me fita sem se quer desviar o olhar por um segundo.

Connor desvia a atenção dele:

— O curativo está pronto Dr.? — Ele desvia o olhar de mim e volta até Connor terminando o que fazia.

Uma enfermeira entra e pede:

— Srta. Preciso que saia do quarto, não pode... — Dr. Chris, a interrompe:

— Pode deixar. Ela pode ficar.

A enfermeira faz uma expressão de quem não gostou e foi até o soro ligado a veia de Connor e conferiu, aviso:

— Eu vou sair acho que não...

— Preciso falar com você Alice.

Abaixo o olhar e concordo, dei alguns passos direção ao interior do quarto e Chris sorrir ao me ver:

— Eu vou olhar outro paciente e é um prazer imensurável revê-la Srta. Seria um prazer maior ainda sairmos e colocarmos a conversa em dia.

Ergo as sobrancelhas e forço um sorriso concordando com a cabeça.

Roteiro da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora