Oie seus delícias.
Bom sla, sou péssima em dizer algo mas susa.
[..]
Quando Camila acordou na manhã seguinte, o céu estava cinzento e nublado. Aopegar o telefone para verificar a previsão do tempo, ela soltou um gemido.Noventa por cento de chance de chover com temperatura abaixo de dez graus. Era tudo de que ela precisava com o trabalho de sociologia à espera. Que droga. Talvez conseguisse chegar na biblioteca antes que começasse a chover. Saltando da cama, ela colocou o moleton mais confortável que tinha, uma camiseta de mangas compridas e um suéter largo com capuz que comprara em uma viagem da escola à Europa. Era o traje de estudo e parecia tão feio naquele dia quanto na primeira vez em que o usara para estudar para um teste de álgebra no ensino médio. As roupas ainda cabiam nela, pois parecia que desenvolvera uma incapacidade desagradável de aumentar a medida da cintura ou a altura desde os catorze anos de idade.
Rapidamente. Camila escovou os dentes, lavou o rosto e olhou criticamente para o espelho. Um rosto. Por outro lado, os cabelos eram uma fera totalmente diferente. Se ela passasse uma hora secando-os cuidadosamente, talvez conseguisse fazer com que as mechas rebeldes ficassem parecendo um pouco civilizados. Mas a rotina normal de dormir com os cabelos molhados não levava a nada além da confusão crespaque tinha sobre a cabeça naquele momento. Soltando um longo suspiro, ela o prendeu sem dó em um rabo de cavalo grosso. Algum dia, quando conseguisse um emprego de verdade, talvez fosse a um daqueles salões caros e tentasse
fazer um alisamento. Por enquanto, como não tinha uma hora todas as manhãs a perder com os cabelos, tinha que aguentá-los como eram.Era hora de ir à biblioteca. Camila pegou a mochila e o notebook, calçou as Uggs e saiu do apartamento. Cinco andares de escadas depois, saiu do prédio, prestando pouca atenção à tinta descascada nas paredes e às baratas que gostavam de morar perto da calha de lixo. Essa era a vida de estudante em Nova Iorque e Camila era uma das poucas que tinha a sorte de ter um apartamento com preço razoável tão perto do campus. Os preços de imóveis em Manhattan estavam mais altos do que nunca. Nos primeiros anos depois da invasão, os preços de apartamentos em Nova Iorque tinham caído, bem como em todas as grandes cidades do mundo inteiro. Comos filmes de invasões ainda presentes na imaginação do público, a maioria das pessoas achou que as cidades não seriam seguras e as que puderam partiram para áreas rurais. Famílias com crianças, que já eram raras em Manhattan, deixaram a cidade aos montes, partindo para as áreas mais remotas que
conseguiram encontrar.Os Ks tinham encorajado a migração, pois aliviava grande parte da poluição nas áreas urbanas e em volta delas. É claro, logo as pessoas perceberam a tolice, pois os Ks não queriam nada com as grandes cidades dos humanos. Em vez disso, decidiram construir os Centros em áreas quentes e pouco populadas em torno do planeta. Os preços de Manhattan subiram novamente, com algumas poucas pessoas de sorte ganhando fortunas
em barganhas de imóveis que tinham comprado durante a queda. Agora, mais de cinco anos depois do Dia K como o primeiro dia da invasão dos krinarsvpassou a ser chamado "os aluguéis na cidade de Nova Iorque estavam novamente perto de preços recordes."
Que sorte a minha, pensou Camila com uma leve irritação. Se fosse uns dois anos mais velha, poderia ter alugado aquele apartamento por menos da metade do preço. É claro, também tinha vantagem de se formar no ano seguinte, em vez de nas profundezas do Grande Pânico os meses sombrios depois que a Terra enfrentou os invasores. Parando na padaria local, Camila pediu um pão levemente torrado (integral, claro, o único tipo disponível) com uma pasta de abacate e tomate em cima.
Suspirando, ela se lembrou dos omeletes deliciosos que a mãe costumava fazer, com bacon frito, cogumelos e queijo. Agora, os cogumelos eram o único ingrediente naquela lista que podia ser comprado com o orçamento de um estudante. Carne, peixe, ovos e laticínios eram produtos premium, disponíveis apenas como luxo esporádico, como foie gras e caviar eram no passado. Aquela era uma das mudanças principais que os krinars tinham implementado. Depois de decidirem que a dieta típica de mundo desenvolvido do início do
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Krinars
FanfictionCinco anos no futuro, os humanos deixam de ser a espécie mais avançada. A Terra é comandada pelos krinars, uma raça bela e misteriosa de outra galáxia. Universitária tímida e inexperiente, Camila Cabello nunca teve muita interação com os invasores a...