Seis

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Trancando a porta do banheiro, Camila rapidamente vestiu as roupas feias e agradavelmente quentes por causa da secadora. Camila notou com prazer, ao calçar as botas, que k dera um jeito de secá-las também. Sentindo-se muitomais normal, ela tirou a toalha dos cabelos, que estavam apenas ligeiramente

úmidos, e soltou os cachos para que terminassem de secar naturalmente. Depois, achando que não poderia ficar mais pronta do que estava, Camila deixou a segurança relativa do banheiro e aventurou-se novamente até a sala de estar para enfrentar Lauren e o comportamento confuso dela. Ela estava novamente sentada no sofá, analisando algo na palma. Parecia muito absorto e Camila pigarreou baixinho para avisá-la da presença dela. Ao ouvi-la, Lauren olhou para cima com um sorriso misterioso.

- Aí estávocê, seca e agradável novamente.

- Ah, sim, obrigada. - Camila, constrangida, passou o peso do corpo de um pé para o outro. - E obrigada novamente pela hospitalidade. Eu realmente preciso ir agora, preciso tentar redigir aquele trabalho e fazer mais alguns deveres de casa...

- Claro, eu a levarei para onde quiser.

Ela se levantou em um movimento suave, encaminhando-se para o armário de casacos.

- Ah, não, você não precisa fazer isso - protestou Camila. - De verdade, não me importo de pegar o metrô. A chuva parou e eu ficarei bem.

Ela simplesmente a olhou com incredulidade. - Eu disse que levarei você. - O tom dela não deixava espaço para negociação.

Camila decidiu não discutir. Afinal de contas, não era todo dia que podia andar de limusine. Como Lauren estava tão determinada a lhe dar uma carona, era melhor aproveitar a experiência. Portanto, ela ficou quieta e seguiu-a até o elevador elegante, onde ela pressionou o botão do andar térreo. Roger e a limusine já estavam esperando em frente ao prédio. As portas se abriram quando elas se aproximaram e Lauren esperou educadamente enquanto Camila entrava antes de fazer o mesmo. A latina ficou imaginando onde ela teria aprendido todos aqueles gestos educados dos humanos. De alguma forma, ela duvidava que "primeiro as damas" fosse um costume universal.

-  Para onde deseja ir? - perguntou ela, sentando-se ao lado dela.

Camila pensou no assunto por um segundo. Apesar de estar louca para correr para casa para contar tudo sobre o encontro inacreditável para Dahyun, o prazo do trabalho estava aproximando-se. Ela precisava ir à biblioteca. Só esperava conseguir tirar da cabeça os acontecimentos do dia por algumas horas ou, no mínimo, pelo tempo que fosse necessário para redigir o maldito trabalho.

-Para a Biblioteca Bobst, por favor, se não for muito trabalho - pediu ela.

-  Não é trabalho nenhum.

Garantiu ela, apertando o botão do interfone e
passando as instruções para Roger. Sentada no ambiente confinado da limusine, Camila ficou cada vez mais consciente do corpo grande e quente dela, a poucos centímetros do dela, que reagiu à proximidade sem reserva alguma. Lauren era mesmo um espécime feminina incrivelmente bela pelos padrões de qualquer pessoa, pensou Camila com uma desconexão quase analítica. Achou que ela devia ter cerca de um metro e 60 ou 63 já que ela era pequena, não tão pequena mas um pouco.  E parecia ser bastante musculosa, a julgar pela camiseta que usava. Com a cor impressionante que tinha, ela era de longe a Mulher  mais bonita que ela já vira, na vida real e natelevisão.

Não era de surpreender que tivesse tal efeito nela, disse Camila a si mesma. Qualquer mulher normal se sentiria da mesma forma. Mas entender os

motivos por trás da atração que sentia por ela não diminuía seu poder nem um pouco.

KrinarsOnde histórias criam vida. Descubra agora