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Capítulo 4

Severus Snape

Só de olhar para ele sinto meu sangue ferver, nunca senti tanto ódio na minha vida quanto naquele momento. Alice tinha o mesmo olhar cheio de ódio que eu, vendo nossa situação Marlene e Frank tiram os garotos de nós e os colocam no cercadinho novamente.

— Eu sei que muitos de vocês tem suas rixas com Severus mais ele se prontificou para ajudar e nos dar informações sobre as ações dos comensais e de Voldemort. Ele está realmente arrependido por seus atos ao lado de nosso inimigo.

— Um pouco tarde não — murmuro, mas percebo que acabei falando um pouco alto, pois algumas pessoas da sala me olham entre eles Snape.

— Lily... — ele tenta falar mais o impeço.

— Não se dirija a mim, você não tem esse direito, não depois do que você fez.

— Eu não sabia que você estava envolvida nisso.

— E isso importa? Você colocou a vida de crianças que na época nem tinham nascido em perigo, por puro capricho. Crianças que mal sabem identificar as pessoas que as amam.

— Lily você tem que entender que... — ele tenta de novo e novamente eu o impeço. Era como se nada mais existisse ali. Só eu, minha raiva e o homem que acabou com minha família.

— Entender o quê? Você tinha pessoas do seu lado, eu estava do seu lado te ajudando e você se juntou a eles mesmo assim, me tratou como lixo e agora botou a vida do meu filho em risco, porque já faz tempo que você sabe que uma das crianças é minha e o que você fez mesmo aé pediu para matarem ele.

— Não foi assim...— ele tenta começa mais uma vez e eu o impeço novamente.

— Foi, Severus. Eu estava lá, eu escutei você pedindo duas vezes pra não me matarem, mas você disse que não ligava para a criança nem para o pai dele. Você pediu para que matassem os dois. Matassem a minha família. Meu filho.

— E eu não ligo mesmo— ele admite e eu sinto como se pudesse explodir de ódio— me diga Lilian o que o pai dele fez por você?

— Você não tem o direito de falar mal dele — eu pego minha varinha e vou para cima dele o empurro e aperto a varinha contra seu pescoço — O pai do meu filho não sabe da existência dele por culpa do seu egoísmo e babaquice, ranhoso — sinto o peso de minha última fala agir como uma tapa em sua cara, sinto mãos me puxando para longe dele quando me viro vejo que é Remus também vejo que ele está tentando não sorrir.

— Mandou bem Lil — Remus sussurra em meu ouvido e me deixa perto de onde eu estava antes de ir para cima de Severus.

Meu amigo se mantem ao meu lado me segurando, para que eu não causasse algo que me levaria a Azkaban.

— Você fala como se ele não soubesse se proteger — Snape fala depois de se recuperar.

—Ele sabe, mas eu o amo e eu prefiro viver uma vida sem ele do que uma vida onde ele está morto.

— Muito bem Lily, nos entendemos que você está brava e com toda a razão mais precisamos dele.

— Eu não trabalho com ele — Declaro olhando para meu antigo diretor — querem que ele fique ótimo, mas eu não quero ver ele na minha frente e nem que ele fique perto das crianças. Se uma dessas coisas acontecerem eu não ligo acabar em Azkaban por tê-lo matado.

— Compreendo Senhoria Evans. Senhor Black você poderia tirar a senhorita Evans, a senhora Longbottom e seus filhos da sala por gentileza, julgo que eles já tiveram uma noite bem agitada.

Solto os braços de meu melhor amigo de mim e vou em direção ao meu filho, precisava abraça-lo e saber que ele estava vivo e bem. Sinto Sirius bem atrás de mim assim como muitos olhares.

Pego Harry no colo e quando me viro para Sirius. Só então eu me lembro quem também está ali.

James não está mais perto da lareira, está a meio caminhou de onde estou. Ele está estático e me encara, logo seus olhos vão para a criança em meu colo quando volta a me olhar vejo um sentimento em seus olhos que eu nunca tinha visto antes, mas junto a esse sentimento vejo a raiva e o desprezo também.

Então eu saio da sala o mais rápido que posso sem olhar para trás.