A dor de ser eu

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A preocupação me consome a cada noticia lida, a cada matéria nova e a cada pesquisa trimestral do IBGE, estou exausta, mas não consigo parar de ler sobre o que o mundo ou o Brasil vem se tornando.

A dor de ser eu é não ter certeza de um futuro bom e digno para as gerações que estão por vim. É não saber se poderei sair na rua e voltar para casa. É não saber se poderei comemorar em 2022 a democracia ou chorar pela ditadura que ainda grita e parece mais aparente a cada segundo que passa. É surtar por não poder viver na minha utopia ou simplesmente pensar se colocarei meu plano de morte em dia.

Minha dor faz com que eu enxergue um mundo melhor sem mim, mas a verdade é que o mundo seria melhor sem esse povo de extrema direito, sem esses lideres que mataram milhões de pessoas, sem esses religiosos que acham que causar maldade, apoiar o ódio é ser cristão, sem Hitler, Mussolini, Pinochet, Jong-un, Ustra, Trump e Bolsonaro.

A minha dor foi não poder ajudar os escravos na época do descobrimento e tão pouco atualmente, minha dor é não poder ajudar milhares de pessoas que precisam, eu vivo em uma constante dor que quero que chegue ao fim, mas preciso fazer mais por aqueles que ainda precisam de mim. 

(Des)esperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora