Extra - Mudança de planos.

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Cinco se teletransportara para a cozinha.

De repente, todos os irmãos se calaram e viraram-se na sua direção, exatamente como vaziam quando estavam escondendo sobre o jogo.

Cinco detestara aquilo.

- Se vocês estiverem aprontando algo... – começara sua ameaça, não tendo tempo de concluí-la:

- Nós só estávamos discutindo o futuro da Umbrella – Luther rapidamente justificara, não querendo deixar margem para interpretações errôneas.

- Mais discutindo e menos "o futuro da Umbrella" – Diego acrescentara, carrancudo, de braços cruzados e apoiado no balcão.

- Hm... – Cinco murmurara, muito pouco interessado, na verdade. "Conversas" com seus irmãos nunca eram... Bem, conversas. Sempre se tornavam discussões muito pessoais e acaloradas. – E por que não me chamaram?

Cinco olhara de um irmão para o outro, com uma pontada de ciúmes não assumido por terem chamado até mesmo a Vanya e não a si.

- Diego estava se opondo, dizendo que não era necessário – Luther acusara, virando-se para Kraken, quem esfregara o rosto com as duas mãos.

- E não é mesmo!

Cinco erguera uma sobrancelha. O mais próximo de uma interrogativa que os irmãos teriam de si.

- Bom, eu concordo com o Diego – Vanya pronunciara-se. – Acordar o Cinco por causa de algo tão pequeno seria desnecessário.

- Porque nosso pequeno-grande-homem só se interessa por apocalipses e coisas desse tipo – Klaus sorrira de seu lugar na mesa, com cotovelos apoiados na madeira e o maxilar em suas palmas.

- Se você quer se referir a possíveis extinções da humanidade: sim, de fato. Se não é nada que possa custar a destruição do mundo eu não, realmente, me importo – Cinco argumentara, tendo visto que não se tratava de nada além de mais uma das esquisitices de seus irmãos, então seguira para junto da cafeteira.

- É mais uma... Situação de família – Allison alegara, braços cruzados e costas apoiadas no balcão. Os resquícios de roxo ainda ostensivos em seu cabelo, agora, então, na forma de cachos intercalados com cachos loiros.

- Vocês pretendem falar ou continuar fazendo rodeios inúteis? – Cinco indagara enquanto suas mãos moviam-se pela cafeteira, ágeis, pondo-a para trabalhar.

- Luther quer que todos nós moremos aqui – Diego explicara, estrategicamente posicionado ao lado da cafeteira, também apoiado com as costas no balcão.

- Apenas... A maior parte do tempo – Luther tentara justificar-se, em vão.

- Eu não vou deixar a Clair – Allison argumentara.

- Mas você vê ela nos finais de semana, então poderia passar a semana por aqui. Seria... – Luther fora cortado por Diego:

- ...terrivelmente estressante reviver os traumas de nossas infâncias ao viver nos cenários de nossos pesadelos? Eu dispenso. E você, Vanya?

- Não muito afim disso não – Vanya respondera com uma leve careta. – Eu amo vocês, mas não dá.

- Mas nós podemos mudar o lugar! – Luther insistira, convicto. – Deixar ele mais como nós quisermos, mudar os quartos e as paredes. Tudo. Ninguém vai reclamar. Isso seria bom para nós como irmãos e bom para a Umbrella Academy também.

- Sabe, grandão – Klaus começara a falar, casual –, eu gosto do seu entusiasmo, mas quem decide não é mais você-ê – ele cantarolara, jogando a cabeça para o lado. – Nosso gatinho selvagem é o líder dessa família, lembra?

Straight Flush - O Jeito Umbrella de Jogar PokerOnde histórias criam vida. Descubra agora