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L I L I  R E I N H A R T

ㅡ Você vai sim! Você vai comigo. Ele só me convidou porque sou seu seu amigo, ele quer principalmente você, lá. ㅡCasey falou do outro lado da linha.
Rolei meus olhos e continuei a tentar prender o meu cabelo.
Ele cresceu muito nos últimos meses, está batendo no meu quadril. E para complicar ainda mais, ele é tão liso que se torna uma tarefa terrivelmente difícil conseguir prendê-lo com o elástico.

ㅡ Merda! ㅡO palavrão acabou escapando quando eu deixei acidentalmente o elástico cair dentro do vaso sanitário. Por que meu pai não fecha essa tampa?!

ㅡ Meu Deus! Você falou um palavrão? Quase me fez desistir, mas não. Não vou sossegar até você dizer que vai comigo!

ㅡ Ok, Casey! Ok! Você venceu! ㅡCuspi, pegando uma das sacolas plásticas que usamos para manter o lixo dentro e colocando na minha mão, logo a levando em direção ao elástico e o tirando de dentro do vaso, jogando o mesmo na pia.

ㅡ Isso! Vê se não usa calça-jeans hoje, Lil. Suas pernas são tão bonitas.

ㅡ Eu vou usar o que eu me sentir confortável para ir. E minhas pernas são... ㅡEncarei meu corpo no espelho. O short que estou usando não é tão curto e revelador. Minhas pernas são... longas, e, parando pela primeira vez para reparar nelas, são melhores do quê eu podia imaginar. ㅡ Elas são normais! Agora tchau, Casey. E vê se não seja tão extravagante na festa. Não gosto muito de chamar atenção.

ㅡ Bye, docinho! Vou chegar lá ao som de Lady Gaga! ㅡAntes que eu pudesse protestar, ele encerrou a chamada.
Bufei irritada e desistindo de amarrar o meu cabelo sujo, decidi tomar banho e lavá-lo, para assim permanecer solto. É mais fácil.

[...]

Calça jeans?

Saia jeans?

Calça...?

Saia...?

Arqueei uma das minhas sobrancelhas.
Saia jeans.
Vou para uma festa, e eu quase nunca saio. Usar uma roupa diferente não faria mal.
Quer dizer, essa dor de barriga não é nada demais. Apenas nervosismo.
Às vezes a timidez te pega de jeito.

Passei a blusa de alcinhas na cor preta por dentro da saia.
Calcei o tênis branco e fiquei em dúvida se deveria ir de óculos. Mas isso não tem nem discussão. Claro que os usaria.

Desci as escadas e meu pai olhou para mim.

ㅡ Aonde vai? ㅡPerguntou confuso, voltando a ler o livro. "Dependentes químicos, entenda o vício".
Balancei a cabeça em negação e suspirei.

ㅡ A uma festa com o Casey.

ㅡ Tome muito cuidado. Nada de sair sozinha com estranhos, nem garotos, nem garotas. Não aceite bebidas que não estejam ainda lacradas, não aceite drogas e não deixe que te toquem. ㅡPediu. Essa foi a primeira vez em meses que o vejo tão preocupado comigo.
Isso me faz lembrar que ele só está afundado no mundo da frustração. Mas ele ainda me ama. E eu com certeza, também o amo.

ㅡ Ok, pai. Eu sei de tudo isso. Volto antes de meia-noite. ㅡEle assentiu.
Cole havia me mandado seu endereço e um: Espero que apareça.
Por que ele fala assim comigo?
É normal que abruptamente um garoto passe a tratar uma garota assim?
Nunca tive experiência com romances, namoros ou até mesmo rolinhos bestas.
Só sei que ele me deixa nervosa e quando encosta em mim, fico dormente.

ㅡ Docinho, aqui baby! ㅡCasey gritou, assim que desci do ônibus e o vi me esperando do outro lado da rua.

ㅡ Oi, Casey. Já está gritando... ㅡMurmurei. Ele ignorou meu comentário e me analisou, com um sorriso largo no rosto.

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