Capítulo Dez

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-- Mil desculpas, eu estou com um pouco de pressa... – olho para cima e é impossível não apreciar a ironia do momento, adivinhe quem é? Isso mesmo, Leal, o único que faltava.

-- Tudo bem, Kat. Ninguém se machucou, mas por que a pressa? – ele pergunta interessado.

-- Ah, eu só estou indo para casa e nessa hora não tem muitos uber's confiáveis trabalhando. – respondo sem jeito – Então eu já vou, até segunda, professor.

-- Você quer uma carona? A sua casa é caminho da minha.

-- Ahm... Eu não acho adequado. – digo simplesmente e dou de ombros.

-- Bem, é apenas uma carona, não é como se a gente fosse fazer alguma coisa. – Coro instantaneamente e dou um sorrisinho sem graça.

-- Vamos lá, como você disse, está tarde e não tem muitos motoristas confiáveis.

Acabo aceitando e voltamos para o estacionamento, ele havia saído para se despedir de um amigo que aparentemente estava com ele no cinema, mas eu realmente não percebi. Chegamos no estacionamento e para a minha surpresa, não era um carro que ele dirigia, era uma moto! Ele tirou um capacete extra do baú da moto e estendeu para mim. Levanto as sobrancelhas incrédula e começo a rir.

-- Professor, isso é algum tipo de brincadeira? – pergunto com um sorriso nervoso

-- O que é brincadeira? – ele me lança um olhar confuso.

-- Você quer mesmo que eu, Katrina, suba nisso? – aponto para a moto e o olho séria.

-- Não? O furacão destemido, na verdade tem medo de motos? – ele começa a rir da ironia e eu aperto o capacete com força.

-- Vamos logo, como faz para subir nesse veículo mortal? – coloco o capacete irritada.

-- Bem. – ele me ajuda com o capacete e sobe na moto primeiro. – Você coloca o pé aqui no pedal, e faz impulso para subir.

-- Ok. – Faço o que ele diz e quase caio no chão, por sorte eu consegui segurá-lo com força. Abraço sua cintura com força quando saímos do estacionamento e a moto ganha velocidade.

Apesar da sensação boa do vento nos meus cabelos, o medo de morrer era maior, então apenas fechei bem meus olhos depois de explicar exatamente onde é minha casa.

Em pouco tempo chegamos, ele me ajuda a sair da moto e depois saltou. Agradeço pela carona rapidamente e entro em casa. Ele espera até eu fechar a porta para poder ir embora.

Subo rapidamente as escadas para não enfrentar minha mãe e tomo um banho bem gelado, depois apenas me deito e, incrivelmente, adormeço rápido.

~*~*~*~

-- Bom dia, Katrina! – sorrio ao escutar a voz da Lídia entrando no carro. Já é segunda novamente e a minha mãe está passando na casa dos meus amigos para nos levarmos à escola.

-- Bom dia, Lili. – Respondo sorrindo e fecho os olhos.

Passamos na casa do Vinny e da Manu, contra a minha vontade e finalmente chegamos na escola.

-- Eu vou começar a cobrar vocês por fazer meu carro de ônibus escolar. – Olho no rosto de todos com um sorriso brincalhão.

-- É, você deveria, esse povo está tirando proveito da gente, Kit Kat. – Vinícius coloca o braço ao redor do meu ombro e olha as outras garotas de forma reprovadora enquanto andamos.

Todos rimos da sua insolência.

-- Você deveria falar com a Lili depois, ela ficou chateada com você. – Comento baixinho só para ele escutar e olho as meninas que já haviam nos ultrapassado e conversavam animadas.

Blue GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora