Fera "Revelações"

Capítulo Dois

Klaus...

Jordan parecia melhor nos últimos dias, pelo menos, tinha voltado a falar comigo, como agora. Eu estava sentada, assistindo um jogo, quando ele apareceu.

— Pensei que, tinha saido.

Ele diz, se sentando ao meu lado.

— Rose, teve um almoço de família.

Ele se senta no sofá, de frente para o meu, e estica suas pernas, descansando os pés, sobre a mesinha de centro.

— E você, não deveria está junto, digo, você é o namorado, então?

— Isso não é uma regra, temos vidas e compromissos, nos quais não podemos está sempre juntos.

Ele desvia seus olhos dos meus e volta sua atenção para o jogo.

— Por que está assistindo isso?

Deixo um sorriso escapar, não fazia ideia, apenas liguei a TV, e deixei ali, rolando.

— Na verdade, nem estava prestando atenção.

Ele sorri e balança a cabeça, isso era raro, em dias, era a primeira vez, que ele sorria genuinamente.

— Então, quem é a garota, que estava com você?

Ele franze a testa.

— É uma amiga, louca, porém, divertida.

— E isso, não é bom?

— Talvez, mas não temos nada, Anne é legal, mas...

Ele para, cumprimindo os lábios, espero que conclua, mas ele balança a cabeça.

— Tem algo depois do, mas?

Ele nega com a cabeça, mas acho difícil acreditar, até porque, sua expressão me dizia muito mais, do que ele estava contando.

— Esquece, só acho, que não vai rolar.

Tinha algo, que ficava girando em minha mente, mas, era loucura, mesmo assim, precisava perguntar.

— Tem alguém, especial, Jordan?

O modo como ele desviou rápido os olhos, me causou um certo desconforto.

— Não, não tenho ninguém.

A resposta rápida, também foi um alerta dentro de mim. Ele se levantou e foi em direção ao seu quarto, fiquei ali, com aquela balbúrdia em minha mente.
Eu devia está imaginando coisas, era isso.
Meu celular toca, me livrando daquele estado esquisito, ao qual me encontrava.

— Fala, minha linda.

Ouço um sorrisinho do outro lado da linha.

(Estou com saudades, você poderia ter vindo ao almoço)

Sorrio, eu queria está com ela, mas o fato de conhecer a família dela, meio que me assustava, eu sabia que ela tinha uma mãe e um irmão, seu pai, havia falecido, mesmo assim, seu irmão, me olhava com um ar ameaçador, claro, que eu podia entender, se tratava de sua única irmã, a responsabilidade de protegê -la, com sua mãe, devia ser algo assustador.

— Quem sabe da próxima vez, quando seu irmão, parar de me olhar daquele jeito, ameaçador.

Ouço seu risinho.

( Te vejo amanhã, lindo)

— Até, linda.

Deixando meu celular de lado. Deixo meus pensamentos inundarem minha mente. Minha vontade, era de dizer que eu a amava, mas tudo assustava Rose, o simples confessar, que a queria no meu futuro, a deixava agitada. Eu sabia que ela me amava, mesmo assim, penso que meus sentimentos, são imensos. Às vezes, penso que ela ainda está  num momento oposto ao meu, isso me assusta.
Entregar meu coração dessa forma, eu nunca achei, que fosse possível, sentir tudo isso, eu tinha 18 anos, quase 19, mesmo assim, o sentimento parecia muito além, daquilo que um dia imaginei.
Quando eu dei uns beijos em Alexia, era meu corpo que estava no controle, com Rose, era um conjunto, meu coração, meu corpo e minha mente, era tudo por ela.