A luz dos olhos teus - Bokuaka

Epílogo;

N/A.: antes da leitura desse cap, recomendo que vocês pesquisem a letra das músicas: you are the one that i want (grease), i was born to love you (queen) e time of my life (dirty dancing)

é isto, boa leitura :)

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Uma das peculiaridades de Akaashi e Bokuto é que, não importava quanto tempo passasse, Koutarou não deixava a rotina deles cair na monotonia e Keiji não deixava que o namorado extrapolasse os limites do absurdo. Eles mantinham um equilíbrio singular, eram perfeitos um para o outro, e esse era um dos seus segredos para manter um relacionamento por tanto tempo; a estabilidade que eles conseguiam manter diante da instabilidade que os envolvia.

Sendo assim, não foi nenhuma surpresa para os amigos e familiares do casal receber um convite de casamento, um pouco depois do aniversário de 26 anos de Bokuto.

Aparentemente, Akaashi já planejava aquilo à um tempinho. Um tempinho tipo… seis meses. Desde fazer o pedido decente, até os mínimos detalhes a serem debatidos — e Bokuto apenas diria o que preferia dentre as opções escolhidas por Akaashi.

Konoha morreu de rir com a forma que Akaashi escolheu para pedir a mão de Koutarou em casamento, Komi achou que estavam tirando onda com a sua cara e Sarukui pediu por provas, porque aquilo não era possível.

Bem, foi possível sim. Akaashi pediu para que Hinata gravasse o momento em que um carro de som passou na frente do ginásio do MSBY tocando o karaokê da música "You Are The One That I Want", do musical Grease, para que Akaashi cantasse a parte de John Travolta e Bokuto, de Olivia Newton-John. E só foi nessa ordem porque Bokuto ficou tão chocado com a atitude do namorado, que o tempo de começo da música quase passou do limite. Akaashi começou a apresentação improvisada rindo da expressão do mais velhos e a terminou de joelhos, na frente de Bokuto com uma caixinha com duas alianças em mãos. Supostamente falando, era a função do alfa pedir o seu ômega em casamento, mas Akaashi, depois de tantos anos, não vivia mais em função do seu subgênero. 

Keiji não sabe dizer de onde veio toda a coragem para cantar na frente dos colegas de time do, agora, noivo, mas tudo valeu a pena quando, no final, Koutarou disse sim — como todos ali presentes sabiam que ele diria. 

— É você quem eu quero, Kaashi — ele havia dito entre lágrimas e risadas altas, enquanto colocava uma aliança no dedo de Keiji. — Eu sempre vou querer estar com você.

Bokuto também disse algo parecido em seus votos matrimoniais. Mais especificamente, ele havia dito que…

— Eu tô bem nervoso, na verdade — o alfa soltou um risinho sem graça. — Mas eu sempre deixei bem claro pra todo mundo o que sinto por você, então acho que não é nada demais — Bokuto olhou para a platéia e depois, para seu noivo. — Porque essa não é a primeira declaração de amor em público que eu te faço, e nem vai ser a última. Não vai ser nem se você não me permitir continuar com você pelos anos de vida que nos resta. Não vai ser nem se você deixar de ser esse cara incrível e apaixonante e brilhante que me encanta todos os dias, porque eu me apaixonaria por qualquer forma sua. Não vai ser nem se, por alguma desgraça, seus olhos azuis perderam essa luz que eu tanto amo. Keiji, você é o homem que faz minha vida ter sentido, porque eu vivo pra te amar e cuidar de você, da mesma forma que você vive pra me amar e cuidar de mim. A gente cuida um do outro e eu acho que essa é a declaração de amor mais genuína de todas. E eu te amo tanto quanto amo a luz dos seus olhos.

Akaashi precisou de um tempinho para se recompor, antes de dizer seus votos em voz alta para aquela platéia. Mais especificamente, para Bokuto, o motivo da sua taquicardia diária.