Luma - Outono

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A (Não) Morte de Luma

Li Romeu e Julieta uma vez

Me pareceu a besteira romântica mais pavorosa, Luma

Sabes disso porque já havia te contado

Mas o que nunca te contei é que eu não estava apaixonada na época

Então eu não entendi a magnitude da história

E li de novo, dessa vez louca de amores.

Pra alguns pode não ter diferença, mas o amor divide-nos em antes e depois

Fui dividida em antes e depois de Luma.

Quando li... Entendi porque se mataram de amor

E eu faria isso por ti, sem hesitação

Só pra manter teu calor.

O que é a vida se não um morrer sem parar, finalizar e recomeçar?

O que é a vida sem te amar?

Pra mim não faz muito mais sentido, querida

Talvez eu pareça uma maluca falando assim

Mas quem amou sabe do que falo.

Tenho essa sensação de que faria tudo por você.

Ela ri e sei que não acha que estou sendo séria... Mas estou.

Tudo o que preciso é te amar

Nem fogo, nem água

Nem ar.

Olhar nos teus olhos é como se alimentar

É primavera

E eu floresço diante do teu toque.

Mas isso me faz lembrar...

Quantas vezes não morri em teu nome?

Quantos venenos não tomei por sua causa?

Fui e voltei no inferno procurando por ti.

Quando digo isso, ela se irrita.

Acha que estou tentando dizer que nunca fez nada por mim

E não é o que tento dizer

As brigas reiniciam e, de repente, é outono e eu começo a secar.

Não lembro de vê-la tomando qualquer coisa, há não ser o vinho que ofereci, mas ela não morre com ele, ela nunca morre com nada que eu lhe ofereça, exceto meu amor.

Luma ─ Coletânea de Poemas.Onde histórias criam vida. Descubra agora