Luma - Inverno

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Asas de Luma

A queda de um poeta nunca significou a morte.

Mas a vida

A queda de um apaixonado nunca significou a tragédia,

Mas a alegria.

Todas as coisas que fizemos uma a outra não valeram de nada

Se elas não te fizeram ficar...

A verdade é que o céu não é azul sem ti

O amor não é amor sem ti

O inverno não é frio sem ti.

Nem eu sou eu sem ti... Mas então quem sou?

Que diabos de amor é esse que me faz questionar meu eu?

Eu não sei, não tenho todas as respostas.

Me disseram que eu não deveria roubar, mas como fazê-lo?

Como fazê-lo com alguém que não é de ninguém...

Eles me falaram muito sobre o amor, disseram-me sobre esta posse desenfreada, Luma

Me falaram sobre o ciúme que corrói e machuca.

Só não me falaram da liberdade

De como ao teu lado, eu conseguia voar

Mas se eu cortava tuas asas, então por que tu deverias ficar?

Qual o sentido do amor?

Eu deveria mesmo te obrigar, ainda sabendo o que isso significava?

Sim, eu te deixo partir, querida.

Ainda que me doa, aprendi o sentido da vida

De amar.

Que é tudo menos essa recepção calorosa e fantasiosa

Sentimentos disfarçados de uma jaula dourada.

Não és um animal, Luma minha

Que é tão minha como de qualquer outro...

Não és um objeto.

Então me é mais apaixonante te ver de voo solto

Que te implorar pra ficar, sabendo que comigo jamais voará.

Tuas asas são as coisas mais lindas que já vi, só perdem para os teus olhos.

Luma ─ Coletânea de Poemas.Onde histórias criam vida. Descubra agora