Luma - Inverno

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Caos de Luma

Olho para o céu avermelhado de segunda feira

Lembro-me do teu cabelo acastanhado com tons de loiro que exalavam teu cheiro característico...

Bem, eles me faziam sonhar

Por uma semana inteira.

Rimas, ao contrário do que os tolos pensam, minha querida

Não é pra quem quer falar de amor ou curar uma ferida.

Mas para quem quer falar sobre tragédias.

E eu de fato senti como se aviões caíssem

Vulcões explodissem

E o fim do mundo estivesse próximo quando você chegou.

O sentimento durou por dois verões e duas primaveras

Mais ou menos o tempo que você ficou

Enquanto isso, as pragas do Egito voltaram

Sapos espalhados pelo piso e sangue que eles não limparam.

Ainda que eu tentasse explicar deveras

Nenhum dos cientistas entendiam o porquê dos dinossauros estarem acordando

Nem mesmo do motivo do aquecimento global

Tentei lhes dizer que era só você amando

Mas eles não aceitaram resposta tal.

Sempre achei que cientistas eram mais racionais.

Tudo acabou de acabar quando você de fato partiu.

As pessoas começaram a dançar e a paz mundial explodiu.

Chorei em cima do teu túmulo vazio.

Tu foi a tragédia mais bonita que me aconteceu.

Sem rimas dessa vez, pois rimas são pra falar de tragédias

E você nem existe mais.

Aonde tu ia, tinha caos e agora há calmaria generalizada... No meu peito, aonde tu habita se foi a paz.

Luma ─ Coletânea de Poemas.Onde histórias criam vida. Descubra agora