A Espada de Luma
Estou tomando sol
Ainda que esteja frio
Já faz alguns meses desde a última vez que nos vimos
E eu não consigo decidir se encerramos ou não
Já ouvi todas as músicas da minha playlist.
Todos os incêndios dentro de mim foram apagados
E eu sou a única que ainda tenta acendê-los,
Também sou a única com um balde de água na mão
Não sei até que ponto consigo simplesmente ignorar
A espada de gelo com teu nome gravado que me atravessa
Ainda que eu insista em andar pelas brasas
Que exibem meu rosto.
Eu sei que tudo já se foi
E tudo já acabou
Mas num sonho cruel e desesperado
Tento te trazer à vida
Mas é em vão, é claro
Não se ressuscita mortos
E você morreu pra mim.
Estou tomando sol
Mas continua frio
E aproveito meu corpo, colocando-me a mercê de outros
Nenhum deles é mais do que isso pra mim
Nenhum deles me dá facas com "amor" gravada nelas
Nenhum deles me faz morrer.
Não rimo pra eles porque não são tragédias
Prestes a acontecer
Que nem rimava pra você.
Está frio
Mas estou tomando sol
Procurando tirar essa espada que eu te ajudei a cravar.
Parece impossível
Sinto que nunca vou conseguir.
.
.
Agora uso ponto final, tenho medo das reticências,
Sinto que nada vai acabar
E tudo o que eu mais quero é dar um fim.
.
.
Está frio, mas estou bronzeada
Fiz uma festa pra comemorar
Meu bronzeado e a nova espada que eu tenho.
Deixei numa estante, enquanto ria e bebia com meus amigos
Nunca achei que chegaria ali
Eles riem, falam que sentiram minha falta
Me dão uma coroa e me nomeiam.
Um nome novo pra uma pessoa nova.
— Meu nome agora é Rei Arthur.
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Luma ─ Coletânea de Poemas.
PoetryLuma é uma coletânea de poemas que conta uma história e fala sobre amor, mas não apenas isso, fala sobre a paixão que percorre o corpo e queima o coração... faz o sangue ferver e a alma se dissolver em cinzas. O Ministério da Saúde Mental adverte: R...