01

884 70 13
                                    

— Querida, vamos logo. — Zoe chamou Sofya que terminava de passar um pouco de gloss nos lábios.

— Mamãe, eu tô bonita? — A garotinha de cinco anos, Perguntou.

— Sofya, você está linda.

— Mamãe, quando o papai vai vim aqui de novo?

Já faziam três meses que Noah Urrea não via a filha. Zoe sabia que era porque ele estava preso, mas não iria falar isso para a garota.

— Ele vai vim em breve, querida.

Zoe segurou a mão da garota e saíram de casa.

Do outro lado da rua um homem encapuzado encarava todos os passos das duas.

— Mãe, o papai ainda gosta de mim?

Mesmo no meio da rua Zoe se abaixou ficando na frente da garota.

— Seu pai lhe ama mais do que tudo. Ele daria a vida dele por você, Sofya. Mas agora ele não pode vim...

A garota sorriu. Zoe levantou e voltou a andar. Sofya começou a correr enquanto sua mãe lhe alertava que ela iria cair, mas a garota continuou sem lhe dar ouvido. Até que ela tropeçou em uma pedra e caiu.

O encapuzado até pensou em ir até elas, mas seria descoberto. Por isso esperou Zoe ir até ela e colocar a garota nos braços.

Entraram no shopping e o homem continuou seguindo elas.

Entraram em uma das lojas e Zoe finalmente colocou a garotinha no chão.

— E então? Você vai querer comprar primeiro as roupas de verão ou inverno?

— As duas. — Sofya diz já esquecendo da pequena dor que havia sentindo e Zoe ri.

O homem ficava próximo o suficiente para conseguir observa-las, mas longe o suficiente para não ser visto.

Zoe já havia pego shorts, blusas, casacos, botas e sandálias e já estava prestes a pagar.

— Senhora, vai pagar em dinheiro ou cartão? — a atendente Perguntou.

— Dinheiro. — Virou para pegar a carteira e nesse momento Sofya saiu de perto dela, andando pela loja.

O homem permaneceu calmo quando viu a garotinha indo em sua direção. Ela puxou seu casaco grande fazendo ele olhar pra ela.

— Você quer ser meu amigo? — Sua voz inocente fez ele sorrir.

— Por que você acha isso?

— Porque você tava vindo atrás de mim e da minha mamãe.

Ele deu outra risadinha.

— Parece que o instinto é de família. — Ele disse antes de se concentrar novamente no que estava fazendo. — Eu quero ser seu amigo, mas pra isso preciso que venha comigo.

A menina balançou a cabeça e o homem abriu os braços para leva-la.

— Pode me chamar de tio, se quiser. — Ele disse encarando ela.

Ela apenas assentiu e ambos saíram dali.

Zoe acabou de pagar e se virou.

— Vamos embora, Sofya. — Ela disse e começou a procurar a garota com os olhos. — Sofya! — Chamou mais não viu a garota. — com licença, você viu uma menininha aqui perto? — Perguntou a um senhor que negou com a cabeça.

Fechou os olhos, deixou as sacolas caírem e levou a mão a cabeça. Correu pela loja inteira a procura da garota, mas nada. Sofya não estava ali e ela não sabia o que iria fazer.

Regra número 1Onde histórias criam vida. Descubra agora