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— Vamos, Urrea. Você consegue. — Bailey incentivava.

Com toda a força que tinha Noah tentava levantar o peso.

— Já chega! — Noah murmurou soltando o peso.

Josh estava sentado em uma das mesas observando aquele lugar mais uma vez.

Eles eram perigos e a polícia sabia disso, por isso deixavam eles longe dos outros presos.

Enquanto o outros detentos ficavam no "pátio" de manhã eles ficavam a tarde. Só os cinco.

Bailey estava aproveitando para tentar fazer os outros garotos começarem a treinar mais, porém a maioria deles não queria isso.

Josh buscava um modo de sair daquele lugar. Imaginava sua mãe que poderia ter tido diversas crises por ficar tantos meses sem falar com o filho. Joshua chegou até a pensar em Heyoon. Será que ela estava conseguindo controlar sua ansiedade?

Krystian não sabia muito bem no que pensar. Pensar em Sina era difícil mas diário, não queria dizer que estava apaixonado e sempre que se pegava pensando nela dava um jeito de dizer para si mesmo que era porque eram amigos. Mas então porque ele não sentia tanta falta de Heyoon como sentia de Sina?

Bailey se alternava em força-los a malhar e pensar em Joalin e Sina. Com certeza era o mais protetor do grupo e queria saber como as garotas estavam. Joalin com seu disturbio e Sina com suas crises. Ele evitava pensar nelas porquê sabia que não podia fazer nada e isso o irritava muito.

Lamar estava apenas deixandos os dias passarem. Sentia saudade das garotas, mas não era algo que o afetava tanto quantos os outros garotos.

E por fim Noah. O garoto se pegava sempre pensando em sua filha, Sofya, no que ela estava pensando sobre o pai e se Zoe havia dito para ela o que realmente tinha acontecido, mas ele sabia que não. Zoe não faria isso, além de serem ex's eram amigos e ele conhecia sua amiga.

Também pensava nas últimas palavras que Sabina havia dito para ele: Sim, eu preciso de você agora. Então não me... Não me decepcione...

Cada vez que lembrava daquilo sentia uma dor inexplicável, como se seu coração ardesse.

Noah sentou ao lado de Josh que lhe encarou.

— Tem bastante câmeras escondidas nesse lugar. — O loiro contou. — Guardas também. É uma missão impossível.

— Não para nós. E se Krystian hackear as câmeras de segurança como fez no último Assalto?

— Mesmo se ele conseguisse fazer isso, como chegaríamos a sala de câmeras sem sermos pegos? — Lamar indagou se aproximando deles.

— Escutem, eu ainda não sei como, nem quando, mas eu vou fazer de tudo para tirar a gente daqui... E as garotas também.

Krystian e Bailey já prestavam atenção no que Noah falava, entretanto todos ficaram calados.

Um policial se aproximou e começou a dizer:

— Noah Urrea M... — Foi interrompido por Noah.

— Estou aqui.

— Tem visita para você. — O polícial disse.  Noah deu uma última olhada para os garotos antes de seguir o guarda.

Seguiram pelos corredores onde Urrea observava cada parte por onde passavam até ver a porta. O policial apontou e Noah abriu a mesma.

Dentro da sala um homem vestindo terno estava sentado em uma das cadeiras.

— Noah, não é? — O homem levantou e estendeu a mão, mas Noah não a apertou. Em vez disso ele sentou na outra cadeira apoiando os braços na pequena mesa e encarando o homem.

— Quem é você?

O homem limpou a garganta, sentou e então encarou Urrea.

— Você não precisa saber quem eu sou. Afinal, sou apenas um advogado.

— Então quem lhe mandou aqui?

— O senhor Mendes. Noah, vocês estão a três meses aqui e ninguém nunca viu o rosto de vocês a não ser alguns detentos e poucos polícias. O senhor Mendes não deixou os policiais divulgarem seus rostos.

— E porque ele fez isso?

— Bom, o Senhor Mendes é dono da maior empresa de imobiliárias, mas além disso ele também um filantropo. A realidade é que ele quer que vocês trabalhem para ele. Em vez de fazerem roubar e matar vocês iram achar quem faz essas coisas e prender eles.

— Não. Nós não precisamos disso.

— Senhor Urrea, se está pensando em fugir desista,  é praticamente impossível. E mesmo se conseguirem e as garotas? Woman Cat, não é? — Ao ouvir o homem falar isso Noah revelou sua surpresa. — É senhor Urrea, as garotas estão incluídas nisso.

Noah se deixou ser guiado pela emocional, a saudade que sentia de Sofya, O último pedido que Sabina havia feito a ele, os garotos que cada dia se torturavam por não poderem fazer nada.

— E então, Urrea?

— Nós aceitamos.

O homem deu um sorriso.

— Maravilhoso. Como o rosto de vocês ainda não foi mostrado na TV, uma boa quantia de dinheiro vai bastar para deixar vocês saírem.

Noah assentiu. Ou aquilo daria muito certo ou daria muito errado.

Regra número 1Onde histórias criam vida. Descubra agora