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A casa estava silenciosa. Haviam passado alguns dias e não haviam conseguido achar nada sobre Sofya, nem mesmo nas imagens de segurança.

Zoe já havia se instalado em um dos quartos e agora todos da casa pareciam aguardar por uma notícia da garota ou até mesmo uma missão dada por Shawn.

Ficar sem fazer nada os fazia pensar nas milhares de coisa que Sofya podia estar sofrendo.

Era doloroso, principalmente para Zoe e Noah.

O computador tocou e Krystian que estava mais perto atendeu a chamada.

— Olá. — Justin, advogado de Shawn cumprimentou. — Tenho a primeira missão de vocês como grupo. Chame os outros.

Krystian assentiu e saiu para chamar todos, uns minutos depois todos já estavam ali.

— Nesse domingo, as dez da manhã um piscopata fugiu da prisão. No mesmo dia, algumas horas depois e perto da prisão onde ele estava Lauren uma adolescente de quinze anos foi raptada. Estou mandando as imagens da câmera de segurança nesse exato momento. Tenho consciência de que pelo menos um de vocês já viu o armário de armas, mas estou avisando caso alguém não tenha visto. Façam o quer for preciso para captura-lo, se for preciso o matem, mas tentem trazê-lo vivo.

— Iremos fazer isso. — Noah disse com de forma firme e Justin assentiu antes de desligar. — Krystian e Heyoon, façam sua parte e vejam se encontram algo nas filmagens que ele enviou. O resto de vocês está dispensado, por hora.

                                  •••

— E então? — Sina perguntou a Krystian enquanto o mesmo entrava na sala.

— Eu deixei Heyoon cuidando disso. — Ele sentou ao lado da garota no sofá. — Você está bem?

— Krystian, não podemos mais ser amigos sem discutir. — Sina disse séria e Krystian se endireitou no sofá.

— O quê? Porquê?

— Porque nós perdemos nosso lugar.

Ela se referiu ao jardim da antiga casa dos garotos, o lugar onde era proibido eles brigarem.

Krystian relaxou os músculos do seu corpo e a garota riu.

— Ficou tão preocupado assim, Krystian? — ela provocou.

— Claro que não. Eu não me importo, eu tenho a Heyoon que é uma amiga incrível.

— Vocês mal conversam! — a loira retrucou.

— E mesmo sem nem conversar conseguimos ter uma amizade incrível.

— Ah é? Que bom!

— Você parece uma criança no jardim de infância. — Ele riu da garota.

— Krystian, eu estou indo embora. Você não merece minha presença. — Sina disse levantando.

— Você que não merece a minha.

Bailey e Joalin que estavam no jardim encarando aquilo pela porta de vidro deram risada.

— Eles não parecem os mesmos de alguns meses atrás. — Bailey disse.

— Não mesmo. — Joalin concordou. — Você não acha que eles parecem deixar uma ao outro mais leve? — Ela encarou o garoto que continuou encarando a discussão infantil de Sina e Krystian. — E eles são iguais. Não tem nem um pouco de equilíbrio entre eles.

— É! Ambos são esquentadinhos e tem um senso de humor diferente.

— Eles fariam um bom casal.

— E a regra número 2? — Ele perguntou e repentinamente ela o encarou.

— Como ficou sabendo disso?

— Os garotos também conversam sabia? — Ele a olhou como se fosse óbvio.

Ela gargalhou.

Dentro da casa Sabina e Noah saíram dos seus respectivos quartos e caminharam a até a escada, a procura do que causava aquele barulho.

Encaram Krystian e Sina e então Sabina Perguntou:

— Acha que algum dia poderemos ser como eles? Tipo, ter uma conversa leve e dar risadas?

— Não sei, talvez quando tudo isso acabar.

— Isso nunca vai acabar. — Ela disse e depois deu um pequeno sorriso.

— Você é tão pessimista. — Ele disse a fazendo rir.

— Bom, alguém dessa casa tem que ser realista. Eu sei que é chato, mas eu assumo essa responsabilidade.

Ele riu.

—Talvez quando as coisas melhorarem a gente pode sair.

— Para uma balada? A última vez não foi um experiência muito boa.

— Está traumatizada? Mais um motivo para irmos, temos que curar esse trauma.

— Ok, quem sabe quando estivermos lá eu não jogo um pouco de suco em você para descontar.

— Você não seria capaz disso.

— Então vamos ver.

A garota deu um sorriso provocativo e ele negou com a cabeça rindo.

Talvez eles não tivessem percebidos, mas haviam acabado de ter exatamente o que ela queria.

Regra número 1Onde histórias criam vida. Descubra agora