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Joalin estava sentada em sua cama, olhava ao redor observando todo o quarto.

Não era pequeno nem grande, as paredes eram brancas e tinha uma janela na parede oposta da porta, mas tinha uma cortina que o deixaria totalmente escuro.

Escutou batidas e resmungou que quem quer que fosse poderia entrar.

Bailey adentrou o quarto, mas ficou parado perto da porta. Ela levantou e caminhou até ele.

— Oi. — Ele a cumprimentou e ela fez o mesmo. — Como você está? Tipo, quanto aquilo?

Bailey foi direto. Joalin abriu a boca para falar algo, mas não conseguiu. Não queria decepciona-lo dizendo que ainda fazia aquilo.

Relembrou como as coisas eram enquanto estava na prisão. Se antes ela vomitava quando sentia que havia comido muito, na prisão era quase uma coisa diária.

— Será que podemos não falar sobre isso? —Ela colocou as duas mãos no bolso de trás de sua calça.

Bailey balançou a cabeça em concordância lentamente.

— Como você está? — A loira Perguntou.

— Eu estou bem.

Ele a encarou de maneira preocupada, se ela não queria falar sobre isso sua resposta já era óbvia.

— E então? O que veio fazer aqui? — Ela quis saber. Sua voz estava calma, e ela não havia dito aquilo na intenção de ser grossa e sim de quebrar o silêncio.

— Queria saber como você estava... Eu senti sua falta.

Ela deu um mini sorriso.

— Eu também senti sua falta, Bailey.

— Sabe, depois disso tudo — ele apontou para trás com o polegar. — poderiamos sair de novo.

— séria bom.

Ele também sorriu.

— Ótimo. — ele respondeu e como sabia que não tinha mais o que falar ele saiu do quarto, caminhou até a cozinha e assim que entrou na mesma viu Sina. A loira estava bebendo um pouco de água quando ele se aproximou.

— Oi, Bailey. — ela o cumprimentou deixando o copo na pia.

— Oi, Sina. Está ocupada?

— Não, Porquê?

— Pode me ajudar a treinar?

— Ah, claro.

Ambos seguiram para a sala de treinamento. Em um dos cantos tinha um saco de pancadas, ele foram até ali e Bailey colocou as luvas.

Sina ficou do outra lado do saco de pancadas e ficou segurando.

Enquanto Bailey batia no mesma ela reprimia um sorriso. Sabia que o garoto não precisava que ela segurasse aquilo para ele então era só questão de tempo ele falar o que realmente queria.

— Como você está? — ele perguntou, sem parar de bater no saco de pancadas.

A pergunta pegou Sina de surpresa. Esperava que ele quisesse algo ou coisa do tipo, mas não esperava que ele estivesse apenas preocupado com ela. Não era como se muitas pessoas que nem a conhecesse direito se preocupassem com o seu bem-estar, parecia pouco, mas para ela era mais do que podia esperar.

Bailey arquiou uma das sobrancelhas e parou tocando seu ombro. Sina despertou de seu pensamentos e encarou May.

— Estou bem... É por causa daquele dia do assalto?

— Na verdade sim, fiquei preocupado com você. Acontece frequentemente?

— Não. Só as vezes.

— Acontecia todas as vezes que vocês cinco cometiam um crime?

— Não, só quando eu estava numa situação de extrema pressão.

Bailey analisou seu rosto por um tempo, na tentativa de saber se ela estava mentindo ou falando a verdade.

— Ok. Quando quiser conversar, eu estou aqui.

Ela assentiu e lentamente saiu da sala dando um pequeno sorriso. Estava passando por uma das salas quando viu que todas as garotas estavam ali. Heyoon que estava em pé, chamou ela com as mãos.

A garota entrou vendo Sabina sentada em uma cadeira no canto, Any e Joalin sentadas uma do lado da outra.

Sina puxou uma cadeira e sentou também, Heyoon continuava em pé no meio.

— Nós precisamos conversar.

— Sobre? — Any encarou a mesma.

— Sobre tudo. Primeiro: Vamos parar de "excluir" Sabina — fez aspas com as mãos em excluir. — E segundo: a regra número dois está oficialmente banida. Ninguém nessa sala tem o direito de ficar chateada com a outra por causa de um relacionamento amoroso. Any, todas nós sabemos o que aconteceu com você, mas não podemos nos prender a isso, você entende não é?

— Porque não banimos as outras regras? — Any perguntou, seu tom debochado quase tirou a paciência de Heyoon.

— Porque elas não são bobas como a regra número dois, Any. — Sina disse.

— Quererem saber? Eu não ligo! — Any saiu da sala.

— Relaxem, daqui a alguns dias já estaremos como antes. — Joalin disse antes de levantar e sair.

Regra número 1Onde histórias criam vida. Descubra agora