Pedro e eu recebíamos as condolências de todos, depois do velório eles foram enterrados um ao lado do outro e enquanto as flores eram jogadas aos túmulos meu irmão Pedro me abraçou.
Pedro - E agora Camélio? Eles se foram. Disse chorando.
Camélio - Vosmicê ainda tem a mim meu irmão, precisamos ser fortes.
Depois do enterro nós fomos para a casa dos meus sogros, nós estávamos lá já a dois dias, o Heitor também não estava indo ao banco, ele quis me fazer companhia durante esses dias difíceis, meus sogros tem me ajudado muito também com tudo e a Sophia tem sido uma ótima companhia para o Pedro praticamente uma irmã.
Nós ficamos na casa dos meus sogros até a missa de sétimo dia e então Heitor e eu retornamos pra casa junto de Pedro, Sophia e também do bebezinho ou bebezinha que eu espero.
Heitor - Vosmicê já decidiu o que fazer com a floricultura? Perguntou já a noite quando estávamos deitados em nossa cama.
Camélio - Eu acho que eu vou alugar tudo, a casa e a floricultura também, quero encontrar alguém que esteja disposto a alugar a casa e a floricultura, quem sabe uma outra família possa ser feliz lá igual nós éramos também.
Heitor - É uma ótima decisão, eu vou cuidar de tudo pra você amor, pode ficar tranquilo. Disse beijando o meu rosto.
Camélio - Vosmicê tem sido tão maravilhoso comigo, nem sei como agradecer a tudo isso.
Heitor - Quem tem que agradecer aqui sou, vosmicê me transformou em um novo homem e vamos ter um filho agora. Disse fazendo carinho na minha barriga.
Heitor - Vosmicê fez com que eu tivesse um novo relacionamento com a minha filha Sophia e agora temos o Pedro aqui com a gente também.
Camélio - Pois é...agora somos quatro, ou melhor cinco.
Heitor - Eu te amo Camélio, te amo muito.
Camélio - Eu também te amo, te amo muito.
Nós nos beijamos e depois fomos dormir.
Alguns Meses Depois
Eu já estava no finalzinho da gestação, minha barriga estava bem grande o que dificulta na hora de andar ou se eu precisar ficar um pouquinho mais de tempo em pé. O Pedro estava se adaptando bem a morar conosco, Heitor e eu até pensamos em colocar ele na mesma escola que a Sophia, pois além de ser mais perto de nossas casas era uma escola melhor, mas mudamos de ideia, ele já tinha perdido os nossos pais e teve que se mudar de casa, sair da escola dele e ficar longe dos amiguinhos que ele já estava acostumado não era necessário no momento, eu encontrei uma família para alugar a casa e a floricultura, era um casal bonito o marido devia ser um pouco mais velho do que o Heitor e o esposo devia ter a minha idade, ele estava grávido e eles tinham outro filho de 2 anos. Aquele era um finzinho de tarde de segunda-feira e eu estava fritando uns bolinhos de chuva enquanto a Sophia e o Pedro lambiam a raspa da vasilha.
Heitor - Boa tarde família. Disse entrando pela porta da cozinha.
Ele deu uma abraço na Sophia e outro no Pedro e logo veio falar comigo.
Heitor - Oi amor. Disse me beijando e fazendo carinho nos meus cabelos que eu havia deixado crescer e agora passavam dos ombros.
Heitor - Oi bebê do papai. Disse levantando a minha blusa e beijando a minha barriga.
Camélio - Como foi no banco?
Heitor - Foi agitado, um monte de problemas pra resolver e apólices para negociar. E aqui em casa como foi?
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Camélio
RomanceNo ano de 1890, final do século 19, Camélio Andrade é um jovem de 16 anos, dono de uma beleza encantadora ele é filho dos comerciantes Camélia e Joaquim. Eles tem uma floricultura e vivem em uma pequena casa no segundo andar do comércio da família...