XVI

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Pedro e eu recebíamos as condolências de todos, depois do velório eles foram enterrados um ao lado do outro e enquanto as flores eram jogadas aos túmulos meu irmão Pedro me abraçou.

Pedro - E agora Camélio? Eles se foram. Disse chorando.

Camélio - Vosmicê ainda tem a mim meu irmão, precisamos ser fortes.

Depois do enterro nós fomos para a casa dos meus sogros, nós estávamos lá já a dois dias, o Heitor também não estava indo ao banco, ele quis me fazer companhia durante esses dias difíceis, meus sogros tem me ajudado muito também com tudo e a Sophia tem sido uma ótima companhia para o Pedro praticamente uma irmã.

Nós ficamos na casa dos meus sogros até a missa de sétimo dia e então Heitor e eu retornamos pra casa junto de Pedro, Sophia e também do bebezinho ou bebezinha que eu espero.

Heitor - Vosmicê já decidiu o que fazer com a floricultura? Perguntou já a noite quando estávamos deitados em nossa cama.

Camélio - Eu acho que eu vou alugar tudo, a casa e a floricultura também, quero encontrar alguém que esteja disposto a alugar a casa e a floricultura, quem sabe uma outra família possa ser feliz lá igual nós éramos também.

Heitor - É uma ótima decisão, eu vou cuidar de tudo pra você amor, pode ficar tranquilo. Disse beijando o meu rosto.

Camélio - Vosmicê tem sido tão maravilhoso comigo, nem sei como agradecer a tudo isso.

Heitor - Quem tem que agradecer aqui sou, vosmicê me transformou em um novo homem e vamos ter um filho agora. Disse fazendo carinho na minha barriga.

Heitor - Vosmicê fez com que eu tivesse um novo relacionamento com a minha filha Sophia e agora temos o Pedro aqui com a gente também.

Camélio - Pois é...agora somos quatro, ou melhor cinco.

Heitor - Eu te amo Camélio, te amo muito.

Camélio - Eu também te amo, te amo muito.

Nós nos beijamos e depois fomos dormir.





Alguns Meses Depois

Eu já estava no finalzinho da gestação, minha barriga estava bem grande o que dificulta na hora de andar ou se eu precisar ficar um pouquinho mais de tempo em pé. O Pedro estava se adaptando bem a morar conosco, Heitor e eu até pensamos em colocar ele na mesma escola que a Sophia, pois além de ser mais perto de nossas casas era uma escola melhor, mas mudamos de ideia, ele já tinha perdido os nossos pais e teve que se mudar de casa, sair da escola dele e ficar longe dos amiguinhos que ele já estava acostumado não era necessário no momento, eu encontrei uma família para alugar a casa e a floricultura, era um casal bonito o marido devia ser um pouco mais velho do que o Heitor e o esposo devia ter a minha idade, ele estava grávido e eles tinham outro filho de 2 anos. Aquele era um finzinho de tarde de segunda-feira e eu estava fritando uns bolinhos de chuva enquanto a Sophia e o Pedro lambiam a raspa da vasilha.

Heitor - Boa tarde família. Disse entrando pela porta da cozinha.

Ele deu uma abraço na Sophia e outro no Pedro e logo veio falar comigo.

Heitor - Oi amor. Disse me beijando e fazendo carinho nos meus cabelos que eu havia deixado crescer e agora passavam dos ombros.

Heitor - Oi bebê do papai. Disse levantando a minha blusa e beijando a minha barriga.

Camélio - Como foi no banco?

Heitor - Foi agitado, um monte de problemas pra resolver e apólices para negociar. E aqui em casa como foi?

CamélioOnde histórias criam vida. Descubra agora