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Gilbert:

   Bem, não foi naquele dia que eu tomei coragem e fui até a Diana. Para ser mais exato, passaram-se três dias, poderia dizer que eu estava  nervoso por que Anne tinha esse sentimento. Acho que quando estamos com alguém acabamos compartilhamos sensações iguais. Mas quando o dia que eu contei tudo a minha irmã chegou Anne não sabia. Tecnicamente, eu havia falado que tinha desistido, assim ela não ficaria nervosa... Entretanto, era a mais pura verdade.
     Fui até a minha antiga casa, minha mãe que atendeu a porta, mas eu estava apressado para falar com Diana. O engraçado é que quando estamos com pressa, imprevistos sempre aparecem. Minha mãe segurou meu braço e me fez acompanhá-la até o sofá, falou que precisávamos conversar e que essa espécie de "silêncio" que havia entre nós deveria ser quebrado. Eu não tinha remorso da minha mãe, mas desde o dia que houve aquela conturbação familiar e minha vida mudou de imediato, ficou difícil querer sua companhia. Poderia dizer que esqueci de contar o que realmente ocorreu há mais de cinco anos. Então, acho que devo contextualizar vocês, antes tarde do que nunca!.
      Eu era um adolescente, nossa vida era eu, papai, Diana e minha mãe. Nunca fui um filho muito apegado a ela, devido que herdei muitas características do meu pai e Diana sempre foi o centro das atenções da mamãe. Vivíamos em harmonia, bem, nem sempre, mas era algo suportável. Todos os anos, tirávamos a foto anual da nossa família e mamãe sempre fez questão de mostrar que estava tudo bem, mas não estava...Eu sabia que não estava. Vamos adiantar as circunstância, odeio ter que relembrar isso. Uma tarde de quarta-feira vi a minha mãe sendo infiel, de imediato corri para contar a Diana. A mesma disse que sabia do caso...sim, ela sabia!. Então já podem pensar o quão furioso eu fiquei com as duas, mas não consegui sentir raiva da minha irmã, pelo simples fato que eu acreditava que ela teria sido alienada a esconder tudo. Constantemente, mamãe e papai discutiam. Havia finais de semana que ele sumia por três dias para casa da minha avó no campo, e era nesses finais de semana que mamãe era imprudente. Eu sabia que os dois estavam conturbados, mas eu não sabia o que fazer e aposto que Diana também não. Até que um dia eu contei tudo ao meu pai e em um instante nossa família se separou completamente.
     Cortaram relações totalmente e minha mãe não queria mais olhar para o meu pai como também não queria me ver novamente. Então partimos para Inglaterra, durante dois anos eu fiquei sem falar com Diana que deve ter me culpado ao decorrer desses meses. Eu sabia que deveria ter outra maneira e que eu carrego boa parte da culpa também...
    
Mãe de Gilbert/Diana:
  - eu me magoei com o que você fez naquela época. Mas não posso continuar dizendo que você é o errado. Sendo que eu era mais ainda.

Gilbert:
  - O pior era vê minha irmã sendo cúmplice disso tudo. Mas já passou, papai está morto. É impossível termos mais uma chance de uma família como fãs fotos anuais. ( Digo me levantando do sofá)

Mãe de Gilbert:
  - eu te perdôo, mas se preferir não me perdoar nunca...irei entender, filho. ( Eu gostava quando ela pronunciava filho)

Gilbert:
  - Ainda bem que compreende, desejo que seja feliz sabe disso. Nunca quis algo de ruim para você, mesmo que eu estivesse nos meus dias de raiva.

Mãe de Gilbert:
  - obrigada, Gilbert....bem, está procurando sua irmã? ( Ela diz mudando o seu semblante e olhando para o programa que estava passando na televisão)

Gilbert:
  - ela está?

Mãe de Gilbert:
  - No quarto

     Subi as escadas em direção ao quarto da minha irmã...

💥 🅆🄰🄸🅃 🄰 🄼🄸🄽🅄🅃🄴 -Shirbert | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora