0.2

56 10 0
                                    

Árvore idiota, eu pensei isso pela milésima vez na vida quando ela cobriu a visão de Noah passando hoje de manhã.

Bailey May

O diretor Michels anunciava os formandos, enquanto eu assistia pela tela do meu computador.

Hina Yoshihara

Jaden Morgan

Noah Urrea

Esse nome...

— Sofya Plotnikova! — Eis que meu pai surge na porta.

— Que roupa é essa? — Eu não conseguia parar de rir.

— Capelo e beca. — Sim, ele estava com esses trajes, e estava péssimo. — Os professores e funcionários também usam isso, tá aqui o seu!

— Obrigada! — Falei colocando o chapéu em minha cabeça, entrando na onda do papai.

— O mais importante, isso é seu! — Ele entrega meu diploma. — Imagino que como oradora você tenha escrito um discurso, não é?

— Claro! — Sentei melhor na cama, fingindo me preparar. — Agora coloquei meus óculos! — Finjo.

— Gostei deles! — Meu pai é incrível.

— Obrigada! Primeiro, gostaria de agradecer ao meu diretor.

— O que é isso, gente! — Papai fingia estar honrado.

— Meu professor de espanhol.

— De nada.

— O professor de português.

— Foi um deleite imensurável.

— Mas eu queria deixar bem claro aqui, que o meu professor de educação física não tinha a menor ideia do que tava fazendo!

— Sua ingrata, eu até levantei peso! — Ele riu me entregando um cartão de formatura, horroroso. — Isso é pra você.

— Pai, acho que isso é a coisa mais brega que eu já vi na vida!

— Isso! — Ele comemorou. — Eu tive que ir em três lojas pra comprar algo tão brega.

— Isso é horrível! — Ri enquanto ele concordava.

— Uma desgraça — dizia rindo. — Enfim, pronta pro seu presente?

— E tem um presente de formatura? — Tomei um ar sério.

— Claro que tem um presente — diz óbvio.

— A noite tá cada vez melhor!

Papai levantou da cama e saiu rapidamente do quarto. Quando vi o mesmo voltando, não podia acreditar no que estava em minha frente.

— Era o da mamãe! — Digo abrindo e vendo que era mesmo seu violão.

Enquanto deslizava meus dedos por ele, memórias dos meus momentos com ela passavam pela minha cabeça. Era incrível saber que um dos meus maiores símbolos da infância e que fazia parte da grande parte das minhas memórias com ela, era meu! Mas também me lembra da falta que ela faz.

— Eu sei que tá meio velho, então se quiser um novo eu juro que vou entender! — Ele parecia decifrar meu rosto.

— Não, eu amei! — Pulo em seus braços. — Obrigada, pai!

Assim que pude, comecei a dedilhar meus dedos pela corda. Eu não poderia estar mais emocionada.

— Tá igualzinha sua mãe! — Ele diz e chama minha atenção novamente. — Sorte a sua, ela era gata.

— Ai, pai! — Ri.

— Agora tenta dormir um pouco. — Ele beijou minha testa e saiu.

Eu apreciei o violão mais um pouco, mas logo em seguida deitei para descansar. Dormi durante a tarde, mas a noite foi algo impossível já que o barulho das buzinas soavam pela rua, me fazendo levantar. As típicas festas jovens.

— Essa ficou boa! — Digo entrando na câmara e meu pai estava pendurando um foto minha.

— Eu achei essa parte aqui meio estranha. — Ele aponta para meu rosto na foto e ri, me fazendo socar seu braço de leve.

— Pai, eu queria saber se eu podia ir tocar o meu presente incrivelmente lindo na estação de trem hoje.

— Já são dez horas. — Ele olha o relógio. — Por que a Joalin não vem aqui e você toca o violão pra nós?

— A Joalin tá ocupada com a família, e pai eu amo cantar pra você, amo mesmo! — Já sei que vai ser preciso implorar. — Mas eu preciso me acostumar a cantar pra outras pessoas também. O Fred vai estar lá e vai cuidar de mim, além de que hoje foi minha formatura. Podia estender só um pouquinho meu horário de voltar, por favor?

— Ok, vou estender o seu horário em uma hora. — Papai estava rendido e eu estava pulando em sua frente. — Quero você aqui até a meia noite, tá? E manda mensagem quando chegar lá ou eu chamo a polícia, sério. Eu vou até lá e vai ser tão vergonhoso que você vai virar uma lenda urbana da menina que passou vergonha na rua!

— Eu te amo! — Digo rindo e saindo da câmara.

Corri o mais rápido que pude para o quarto, tirando meu pijama e colocando algo mais apresentável. Peguei meu violão e saí o mais rápido que pude para a estação de trem. Como já era tarde e a maioria dos jovens estavam comemorando suas formaturas, seria um lugar tranquilo para me soltar aos poucos.

————————————————————
2° cap postado! Votem e comentem pq me ajuda muito e me inspira! Até amanhã pessoal!

Midnight Sun | NofyaOnde histórias criam vida. Descubra agora