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1/6 (mini maratona pra vcs, e leiam os avisos no final do ep)

NOAH URREA

Finalmente formado, sentia que o ensino médio ainda ia me matar de tédio. Já era noite e eu estava em uma festa com os amigos, pelo jeito ela estava só começando.

Eu não sabia ao certo se queria estar ali. Depois do que aconteceu, aceitar era um pouco complicado.

— Cara, não faz isso! — Bailey se aproxima com Lamar.

— Fazer o que?

— Isso! Parece que você tá triste, aí eu fico triste. — Aponta para mim, sentado. — Vai, toma essa cerveja e vem se divertir.

— Cara, você se livrou de uma furada! — E o Lamar vai começar. — Você ia ter que levantar muito antes do sol nascer e todo dia ia ter que fazer uma prova em um lugar bem longe da praia. E agora você pode fazer isso pra vida toda!

— Tinha esquecido, fazer isso a vida toda — Estávamos nos referindo sobre festas e todo esse mundo. — é muito melhor que uma bolsa na universidade.

— A Sina Deinert tá chegando! — Bailey avisa e logo vejo a morena se aproximando.

— Noah, você tá encrencado! — Ela ri.

— E o que eu fiz dessa vez?

— Nem me ofereceu uma bebida.

— Ah, eu não sabia que tava com sede.

— Agora já sabe. — Sina me empurra e logo vê o que fez. — Me desculpa!

— Tá tudo bem.

— Esse é seu ombro machucado? — Ela ergue a camisa. — Bom, agora que você não vai mais nadar, talvez tenha mais tempo sobrando pra mim não é?

— Eu também tenho bastante tempo sobrando pra você e não vou mais nadar. — Lamar é uma piada.

— Mas você nunca nadou — Bailey diz e seguro o riso enquanto Lamar o cutuca.

— Você vai na minha festa de formatura, né? — Sina insiste.

— Acho que eu vou. — A garota pisca e sai enquanto visto meu casaco.

— O que tá fazendo? — Lamar questiona.

— Escapando de uma furada.

— Não, Noah! Hoje foi nossa formatura. — Bailey insiste.

— Eu não tô afim de festa. — Ando o mais rápido que posso. — A gente se vê!

NARRADORA

— E aí Fred! — Sofya dá leves batidas no vidro da bilheteria.

— Achei que não iria aparecer. — Ele responde rindo.

— E decepcionar todos os meus fãs? — A garota aponta para a estação praticamente vazia e os dois riem.

Soso procura um bom lugar e abre a caixa com o violão mais especial do mundo, colocando seu diário de músicas ao lado. Ela fina as cordas e começa a dedilhar alguns versos.

I'll keep reachin' as far as I can
till break of day
I'll keep reachin', the light of my
life will find it's way

I know if I reach too far I may
not ever recover
But I know the stars ain't all I'm
meant to discover

So I'll keep reachin'

Algumas pessoas passavam e deixavam moedas para Sofya. Haviam exceções, como o menininho que deixou um pacote de M&M's.

Noah passava pela rua próxima a estação logo ouviu a música, fazendo o destino brincar com Plotnikova. Ele então se aproximou e caminhou até ela que ainda cantava e dedilhava notas em seu violão.

Quando se deu conta, Noah estava em sua frente e a única reação de Sofya foi travar imediatamente. Ela o conhecia, mas ele não fazia ideia de quem ela era.

— Oi! — Ele cumprimenta encantado, fazendo a garota gaguejar e em uma tentativa não concluída de fuga derrubar alguns pertences. — Eu não queria assustar você! — Devolve o doce dado pelo garotinho.

— E... eu? Eu não t... tô assustada! Tô bem, tá tudo ótimo e tranquilo! — Ela tira o violão e se apressa.

—  Por que tá guardando tudo? — Noah questiona. — Pra onde vai?

— Pra casa, eu tenho que ir pra casa  — Sofya enfim consegue responder claramente enquanto ele a ajudava.

— Pra casa? — Seus olhares finalmente se encontram. — Espera, você mora no bairro? Não estudamos no mesmo colégio?

— Não, eu tava em uma escola bem diferente. — A pobre garota estava toda atrapalhada, aquele olhar fez borboletas dançarem em seu estômago. — Enfim, hoje foi a minha formatura e meu pai é super protetor. Então eu preciso muito ir pra...

— Calma!

Noah segura o violão que havia caído dos braços de Sofya. Seus olhos se encontram novamente, fazendo como se uma corrente elétrica percorresse o corpo da garota.

Era incrível para ela vê-lo assim tão perto, não mais da janela. Mas como ele saberia de sua existência?

— Eu tenho que ir!

— Espera aí, calma! — Noah a segura. — Desculpe, mas por que tá com pressa?

— Eu preciso ir por causa do meu gato. — Ela era incrivelmente péssima com mentiras.

— O gato! — Noah ri confuso.

— É, ele morreu.

— Então você não precisa correr, né?

— Não, eu preciso. Eu vou fazer um funeral pro meu gato morto que morreu. — Noah não sabia se ria ou levava Sofya a sério. — Ele tá se sentindo muito... morto. — Com tudo em mãos, ela sai correndo sem ao menos uma despedida.

— Espera! — Era tarde demais, Noah já falava sozinho. — Eu nem sei seu nome!

Pensando na garota, ele acaba vendo que esqueceu seu caderno na estação. Noah pega o mesmo nas mãos, pensando que seria sua chance de vê-la novamente.

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Bom dia pessoal! pra quem me conhece, sabe que eu sempre posto os eps de noite, mas vou postar cedo hoje, porque é niver do meu pai e vou aproveitar o dia com ele, masss eu n vou esquecer de finalizar a maratona. Não se esqueçam de votar e comentar, isso ajuda muito ao autor e motiva bastante! Até mais tarde!

Midnight Sun | NofyaOnde histórias criam vida. Descubra agora