Capítulo 38 - Dia da festa

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Carla On

Sábado // 14:46

Hoje tem a festa. Ela vai ser aqui em casa e eu tô até que animada, se não fosse a cólica do caralho que eu to sentindo. Jogaram a maior praga pra mim, no dia de uma festa, eu ia ter que ficar sentada num canto morrendo de dor.

Mas enfim, o tema da festa desse ano é o mais aleatório possível, eles vão ter que vestir um ao outro, ou pelo menos a gente combinou assim no grupo. O Samuel escolheu a roupa mais feia do guarda-roupa dele pra mim, e por troca eu vou colocar o vestido mais apertado que eu tenho nele. A festa iria ser toda néon, então o trabalho da gente multiplicaria 200%.

Nesse momento estou deitada na minha cama, olhando pra o teto esperando a Rebeka vir me ajudar a arrumar as coisas. Ela era a única que tinha tempo pra vir me ajudar. A Lu, como era solteira (até onde eu saiba) iria de par com o Valério, o que não era muita surpresa pra ninguém.

Alguém bate na minha porta, levanto com toda preguiça do mundo, abro e é a Rebeka.

- Bora, a gente tem muito o que fazer. - ouço ela dizendo enquanto entra.

Fecho a porta e olho ela.

- Cadê as coisas? - pergunto.

- Que coisas? - ela responde confusa.

- Porra, a gente vai fazer uma festa com o que? Colocar banner de aniversário de 15 anos na parede? - falo.

- Eu achei que tinha aqui. - ela responde.

- EU PEDI PRA VOCÊ COMPRAR REBEKA. - digo me estressando.

- Calma loira, eu sei o que tá acontecendo, tpm. Senta aqui que eu vou lá comprar. - ela diz tentando me arrastar pra sentar.

- NÃO, EU VOU COM VOCÊ. - grito.

- Então ok, vamos.

Ela tinha toda a paciência do mundo.

- POR QUE VOCÊ NÃO TA COM RAIVA? A GENTE VAI PASSAR DOIS ANOS NO MERCADO. - grito.

- Eu sei como é isso, eu sou uma mulher, moro com uma e namoro com uma, isso pra mim é dia-a-dia. - ela diz calma me olhando.

Eu ri e a gente saiu. Minha mudança de humor e minha tpm estavam me estressando cada vez mais.

15:40

Chegamos em casa, ela carregou as sacolas e eu vim o caminho inteirando reclamando de dor.

- Que dor do inferno, parece que alguém vai sair de dentro de mim a qualquer momento. - digo me jogando no sofá.

- Espera ai, vou fazer um negócio. - ela coloca as sacolas no chão e sai.

Ela faz uma ligação e volta 5 minutos depois.

- Vamos arrumar as coisas.

Ela diz e sorri pra mim. Eu estranhei ela ligar pra alguém do nada, mas podia ser que alguém importante tenha ligado. Começamos a arrumar as coisas, ela mais do que eu, porém continuamos ali.

Alguma moto buzina na frente de casa e eu olhei ela confusa. Ela vai até a porta. Era um entregador. Ela pega uma sacola, paga e ele vai embora.

- Ta trazendo droga pra minha casa? - pergunto estranhando.

- Toma um, comprei o mais forte que eles tinham. Se senta e espera a dor passar pra você continuar arrumando as coisas. - ela me joga a sacola.

Era um remédio pra cólica. Sorri pra ela e ela foi continuar arrumando tudo. Tomei um, me sentei no sofá esperando a dor passar e fiquei observando ela arrumar os mínimos detalhes possíveis. Enquanto ela arrumava, entrei no grupo.

O Crime Confessado - ELITE -Onde histórias criam vida. Descubra agora