Capítulo 18 - Na pousada

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Valério On

Era 14:00 horas e fomos todo mundo pra casa, tinhamos que comer. No meio do caminho fizemos uma aposta de quem iria fazer o almoço, a Lucrécia e o Samuel perderam, então esse almoço ou podia ficar muito bom, ou horrível.

Chegamos, tomamos banho, o que demorou quase 2 horas, mas a Lucrécia e o Samuel tomaram primeiro pra já adiantar o almoço. Hoje não parecia um dia muito bom pra beber, mas era necessário, não deixaríamos uma chance dessa passar.

Fomos almoçar, éramos em 13, então foi uma confusão arrumar as coisas.

[...]

- Eu vou dormir, quem me acordar tem que mamar. - o Pietro diz se levantando da mesa e indo em direção ao quarto.

- Se você for dormir e não lavar seu prato, eu coloco ele dentro de você. - ouço alguém dizer mas não presto atenção.

Eu já tinha terminado de comer e estava deitado no sofá mexendo no insta.

- Namoral, vou dormir também pra ter energias pra de noite. - O Christian diz levanto o prato dele até a cozinha.

- Vocês ficaram até 04:30 da madrugada na casa da Rebeka no dia da festa e agora reclamam de sono? - a Carla diz enquanto tá deitada com o Samuel no outro sofá.

- E você tava na casa do ex, quem é pior? - a Lucrécia diz provavelmente por raiva dela ter faltado na festa.

- Se eu soubesse que ele ia se entregar no fim eu estava era na delegacia. - a Carla responde.

Alguns foram dormir e outros, como eu, ficaram na sala falando da vida dos outros. Eu não estava prestando tanta atenção na conversa por motivos óbvios, eu não tenho onde morar. A Rebeka tinha ido dormir e eu acho que eu deveria ir também.

- Vou subir, preciso regenerar minhas forças. - digo e levanto.

- E a suas "forças"? - a Lucrécia diz se referindo a droga e fazendo aspas com as mãos.

- Não tô com paciência pra você, de verdade. - digo, e eu percebo depois que foi ignorante.

Fica um silêncio depois e eu subo, ia dormir num quarto no andar de cima, a paz é maior por lá.

Fecho a porta, tiro a camisa e deito. Quando tô quase dormindo ouço alguém entrando e trancando a porta.

- Valério, o que você tem? - meu corpo arrepia inteiro ao ouvir a voz dela.

- Lucrécia, desce, isso vai ser pior pra você. - digo ainda não olhando pra ela.

- É sério, o que você tem? Você pode ser o maior inferno na minha vida, mas me tratar daquele jeito  você nunca tratou.

- É problema financeiro, uma coisa que você ta longe de ter.

- O que aconteceu com a casa da Rebeka? - ela senta ao meu lado na cama e eu consigo olhar ela.

- Eu vou ter que sair de lá. Tá feliz? Conseguiu o que você queria? Era me deixar fodido, né?! - sento olhando pra ela e falando num tom mais alto.

- Para de falar merda, Valério. - passo a mão no cabelo em sinal de preocupação - Ei, calma, a gente vai dar um jeito nisso. - ela me puxa pra um abraço.

Eu fiquei confuso com o "a gente" da Lucrécia, mas eu tava muito triste pra me importar com isso agora.

~

[...]

Samuel On

No fim todo mundo dormiu kkkkkj. Acordo com a Carla deitada no meu peito, olho no celular e são 18:40.

O Crime Confessado - ELITE -Onde histórias criam vida. Descubra agora