Capítulo 29 - Solto

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Rebeka On

10:40 AM

Maioria ainda está dormindo na sala pois hoje era sábado e não tinha aula. O Guzman e a Nádia sairam pois tinham algo pra fazer na casa da Nádia, eu e o Nano estamos fazendo o café pra todo mundo.

- Me passa o açúcar. - digo e ele se joga pra mim.

- Aqui, um docinho. - ele diz e ri.

Piada incrível pra começar o dia.

- Docinho é diferente de açúcar, você sabe né?!- digo e ele revira os olhos rindo.

Ele me da o pote de açúcar e eu termino de fazer o café. Ele na verdade não estava ajudando em muita coisa, apenas estava ali pra não me deixar falando sozinha. Coloco as comidas na mesa e começo a acordar todo mundo. Primeiro acordei a Lucrécia e o Valério porque eles inventaram de dormir de conchinha, logo no dia que estava todo mundo aqui, por sorte ninguém viu, eu acho.

Todos levantam e vão a mesa.

- Oh delícia. - o Christian diz olhando as comidas - Só podia ter sido a Rebeka mesmo. - ele me olha e sorri.

- Vai nessa. - o Nano diz e ri.

Todos nos sentamos pra comer.

- Porra. - o Ander diz nervoso olhando o celular e a gente olha assustado.

- Qual foi? - o Pietro pergunta.

- Querem primeiro a ruim ou a horrível? - ele pergunta.

- Que pergunta incrível pra se começar o dia, amigos. - o Christian diz comendo.

- Fala logo a horrível, assim a ruim não vai ser tão ruim. - o Valério diz.

- Pagaram a fiança do Polo. - o Ander diz.

A cara de ódio de uns, a cara de desânimo de outros mas todo mundo sentia a mesma coisa: raiva.

- Quem foi o desgraçado que fez isso? - a Carla diz.

Todo mundo olhou a Carla, todos ja sabíamos quem tinha feito isso.

- Vocês acham que meu pai pagou a fiança dele? Por que caralhos ele faria isso? - ela deduz.

- "Por que ele não faria isso?" é a pergunta certa. - o Christian diz.

- Meu pai tá em prisão domiciliar, como ele faria isso? Ele não pode ter feito isso. - a Carla diz ficando impaciente.

- Ele poderia mandar outra pessoa ir, ele pôde e fez isso. - digo.

- ELE NÃO FEZ, OK? VOCÊ NÃO CONHECE MEU PAI. - ela diz gritando, e batendo na mesa.

- FICA QUIETA LOIRA, CLARO QUE ELE FARIA. VOCÊ CONHECE SEU PAI, ELE NÃO É NENHUM ANJO, VOCÊ VIU O QUE ELE FEZ COM O CHRISTIAN, SEU PAI É NOJENTO. - digo gritando também.

- PELO MENOS A MINHA MÃE NÃO É TRAFICANTE. - ela grita e sai da minha casa.

Fica um clima tenso e eu subo pro meu quarto. Aquela desgraçada acha que é quem? Ela sabe e conhece muito bem o pai dela, até eu que não sei 20% da vida dele sei que ele teria coragem sim pra fazer isso.

~

Ander On

A Rebeka sobe pro quarto dela e a Carla saiu da casa. Todos com certeza perderam a fome.

- Vou falar com a Carla. - o Samuel diz se levantando.

- Eu vou falar com a Rebeka. - o Valério diz e levanta também.

Eles vão cada um pra um lado e ficamos eu, o Omar, a Lu, a Cayetana, o Chris, o Nano, o Miguel e o Pietro olhando uns pra cara dos outros.

- A notícia ruim? - o Pietro pergunta quebrando o silêncio.

- Nem era tão ruim. Vou ir pra casa agora, recomendo vocês irem pra de vocês. - digo levantando.

Todos levantamos, lavamos a louça que sujamos e fomos pra casa. Eu precisava beber algo pra desestressar e o Omar também. Pegamos uma cerveja na geladeira e sentamos um de frente pra o outro na cama.

- Não é nem meio dia e já aconteceram tantas coisas ruins. - ele diz dando um gole na cerveja.

- Você acha que foi o pai da Carla quem fez isso? - pergunto sobre o Polo solto.

- As mães dele eu acho que não fariam isso, ele mesmo se entregou, sabe?! Já o pai da Carla queria ele como aliado, até porque se caísse um, caiam todos. - ele responde.

- Mas se for realmente o pai dela que tenha feito isso, eles estão tramando alguma coisa. - digo e ele dá de ombros.

- Eu tô muito cansado, vou tomar um banho. - ele levanta indo em direção ao guarda-roupa.

Eu levanto e abraço ele por trás fazendo ele se arrepiar, eu sorri e ele também. Ele vira pra mim sorrindo.

- Posso ir com você? - digo ainda com as mãos na cintura dele.

Ele assente com a cabeça que sim, pega a roupa que tinha separado e vamos.

~

09:40

Nádia On

Aproveitamos que era sábado e não tinha aula para conversámos direito com meus pais sobre nós dois. Acordamos primeiro que todo mundo, vi que a Lucrécia e o Valério estavam de conchinha e pra o Guzman não notar cobri eles dois.

Saímos da casa da Rebeka e avisei a mesma que iria sair com o Guzman. Chegamos na loja, baba estava lá.

- Oi Nádia, oi Guzman, querem algo? - ele diz vindo até nós.

- Baba, eu moro aqui. - digo e ri.

Abraço ele e ele cumprimenta o Guzman.

- A mama disse que hoje ia ter um almoço aqui, ela pediu para eu trazer ele, mas, cadê ela? - pergunto.

- Ela está no quarto, provavelmente o almoço não é agora. - ele diz rindo.

- Ok, vou pro quarto com o Guzman, depois falo com a mama. - digo a ele.

Vou em direção ao quarto e ouço.

- Deixa a porta aberta. - baba diz e eu ri.

Entramos no quarto e o Guzman se senta numa cadeira que está ali. Ele estava quieto.

- O que foi? - pergunto.

- Nada, é só que seu pai não gostava de mim e hoje ele me cumprimenta como se não tivesse acontecido nada. - ele diz meio envergonhado.

- Relaxa. - digo e pego na mão dele - Eu conversei com os dois antes de fazer o pedido, foi difícil mas eu convenci que você era uma boa pessoa, hoje você só tem que ser você mesmo.

Ele sorri de canto e eu dou um selinho nele.

- Tô mais calmo. - ele diz.

Ele me parecia com sono pelo jeito que falava.

- Você quer dormir? Ontem você não dormiu nada. - pergunto.

- Você também não deixava né?! - ele diz malicioso e eu dou um tapa fraco nele.

- É sério. Não quer ir na sua casa tomar um banho ou algo assim? A gente vem assim que você acabar. - digo.

- Você vai comigo né?! - ele pergunta e eu assenti que sim - Tá bom, vamos.

Ele diz e levanta. Ainda tinha tempo pra o almoço começar a ser feito, minha mãe não tinha nem acordado ainda.

Pego na mão dele e saímos de casa. Conversamos no caminho, era bem divertido andar com ele sem medo do que iriam falar pra alguém ou o que iriam falar. Tiramos fotos e mandamos pra a Lucrécia.

Tava tudo muito divertido até chegamos na casa dele.

Abrimos a porta e vimos alguém não tão interessante.

- Olá, Guzman, que saudade.

O Polo, ele tinha que aparecer justo agora?

O Crime Confessado - ELITE -Onde histórias criam vida. Descubra agora