Seus movimentos eram belos como a delicadeza de um luar e fatais como a verocidade de um predador. Cada giro um corte e cada corte mais sangue manchava suas mãos, mas nem isso o fazia parar de combater contra aqueles sacos de areia para treino fornecidos pela arena. Fornecidos para, e somente, ele.
O sol castigava e trazia a exaustão brevemente como se estivesse punindo-o pela ousadia de continuar àquele treino, só que as lâminas emprestadas continuaram. Até se partir.
O Chefe pegou o pedaço de metal que voou pelo ar, em sua direção, enquanto chegava perto com o brilho maravilhado no olhar que desde a chegada do assassino não saia de suas orbes. Apesar de preferir lutas de mãos vazias ele tinha que admitir: O garoto tem talento.
— Mais uma?— Um riso seguiu a fala enquanto jogava o objeto quebrado de volta, recebeu um suspiro de concordância e o abaixar de ombros alheios como resposta.— Lutará hoje à noite, esteja pronto.— Anunciou o lutador de cabelos vermelhos e duas orelhas felpudas no topo da cabeça.
O outro lhe olhou. Face inexpressiva, mas a surpresa no olhar. "À noite?", pensou duvidoso, sua irmã riu de outro plano.
"Eu já disse, ele gosta de você, Aphelios", dessa vez a voz doce da irmã do assassino ponderou na mente que não parava quieta.
— Sei que a escuridão da noite é a sua casa, portanto, deve ganhar.— Retomou o outro com um breve riso ao fim da fala. Quis perguntar-lhe o por quê, fazendo seu corpo paralisar.
"Agradeça", a voz lhe alertou, lembrou.
Aphelios pôs a mão direita levemente sobre a altura da barriga, a esquerda atrás do corpo e fechando os olhos abaixou a coluna numa reverência formal; típica de seu povo.
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Flor da Lua
FanfictionOs olhos de Aphelios pareciam duas lâminas de tão afiados e, como um espectro, Alune sussurrava em seu ouvido tentando acalma-lo. Ele deu mais dois passos a frente sem medo enquanto o meio-vastayes permanecia imóvel e desafiador. - "Você se pare...