Capítulo 8

1.8K 170 65
                                    

Como o capítulo que postei ontem teve bastante votos e comentários, eu voltei com mais esse e sábado apareço aqui de novo. A fic está quase chegando ao fim, mas espero que estejam gostando ♡
-
Pov. Day

Acordei sem Carol ao meu lado e levantei para procurar ela pelo meu apartamento. Droga, ela não estava em lugar nenhum. A garrafa de vodca tinha sumido e meu notebook estava fechado. Era óbvio que ela tinha ido embora por tudo que contei na noite anterior, ela não queria ter que lidar com meu passado conturbado.

- Que susto, Dayane! - Carol falou assim que abriu a porta e me encontrou sentada no sofá.

- Achei que tivesse ido embora. - murmurei.

- Desculpa, da próxima vez eu deixo um bilhete. É que pensei que você não fosse acordar tão cedo depois de ter bebido tanto ontem. - deixou algumas sacolas na mesa. - Está com dor de cabeça?

- Um pouco. - levantei e fui até ela. - O que você comprou?

- Croissant, torta de chocolate e café. - sorriu.

- Obrigada, baby. Nem lembro qual foi a última coisa que eu comi. - peguei um café na bandeja enquanto ela colocava os croissants num prato.

- Tenho algumas perguntas sobre o que me disse ontem. Lembra da nossa conversa?

- Sim, eu lembro. Pode perguntar. - me sentei no sofá e ela sentou ao meu lado.

- Você nunca procurou sua mãe biológica?

- Ela me abandonou, não tenho motivos para querer conhecer ela.

- Ainda sente raiva deles? Ontem você fez pouco caso da morte daquela modelo.

- Ela não teve pena de mim, então também não tenho dela. Na época isso me afetou um pouco, eu estava começando meu trabalho como modelo e queria deixar ela orgulhosa. Quanto as outras famílias, eu não guardo rancor, mas espero que eles queimem no inferno. - ri.

- Chegou a bater em outras pessoas que te tocaram que nem fez com ela? - perguntou bebendo seu café e neguei.

- Aprendi a me controlar, mas ainda fico tensa e minha respiração fica toda descompensada, você sabe. Costumo falar que tenho pele sensível quando alguém encosta em mim e faço uma cara feia.

- Deve ser difícil lidar com o assédio que a gente acaba sofrendo por ser modelo.

- Pois é. Essa profissão não ajuda muito. As pessoas ficam encostando em mim toda hora para arrumar minha roupa ou para ajeitar minha postura, é estressante. Sem contar os fotógrafos que vivem nos cercando.

- Quem ficou com você por mais tempo?

- Você. - murmurei comendo um croissant. - Nenhuma família me aguentou por mais de três meses.

- Eu sinto muito. - sussurrou.

- Não mais do que eu sentia na época, acredite. Eu era só uma criança, precisava que eles tivessem um pouco de paciência. A única pessoa que teve paciência comigo foi você, eu não entendo o porquê, mas agradeço por isso.

- Estarei sempre aqui, eu prometo. Mesmo que nosso relacionamento tenha acabado, ainda vou ser sua amiga.

- Eu não quero acabar com isso, Carol. Você está a fim daquele cara?

Minha Modelo - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora