Entrei em Naruto Shippuden

Capitulo 11- A Profecia

Jenny on:

Abro os olhos e percebo que estou em uma área verde aberta, sem nada em volta. O céu está azul e as nuvens parecem calmas. O dia estava perfeito.

Olho ao redor sem entender o que está acontecendo de verdade. Ao olhar para os meus pés, percebo que não estou com as sandalhas ninjas que costumo usar e sim com um All Star surrado de cano alto, que eu nunca tirava no "mundo real".

Eu tinha tido uma ideia maluca de que eu não estava no mundo de Naruto e quando eu olhei para as minhas roupas, minhas teorias praticamente se confirmaram.

Eu estava usando uma legging preta, um moletom cinza escuro e um All Star preto.

Levantei do chão coberto de grama e comecei a andar. Aquele campo enorme parecia não ter fim, porém comecei a ver algumas coisas estranhas enquanto eu andava.

Ao olhar para o lado vi minha própria imagem na sala de estar da casa da minha tia, então ela falou alguma coisa para mim e eu saí.

Logo em seguida vi minha imagem pulando em cima das minhas primas, segundos antes de um raio entrar pela janela e destruir a televisão.

Não demorei muito para descobrir que aquelas imagens eram memórias. Não sei como eu posso estar vendo isso, talvez seja algum genjustu ou efeito da perda de chakra, mas eu estava curiosa para saber onde isso iria parar.

Continuei andando, ignorando todas as imagens que passavam pelo meu lado até que uma lembrança que eu não queria me lembrar apareceu.

A Jenny de 8 anos estava no hospital olhando para o teto com o braço enfaixado, até que "minha mãe" entrou com um crachá de acompanhante colado da blusa.

A Enfermeira falou alguma coisa para ela, que apenas assentiu e deu um sorriso extremamente forçado.

Ela tinha uma expressão fechada no rosto, que estava meio inchado na área dos olhos, por conta das lágrimas. Não era pra menos, depois do que tinha acontecido...

Eu lembro que na hora eu pensei que mesmo que aquilo tivesse acontecido com o meu pai, pelo menos teríamos uma a outra, o que tornaria aquela situação menos terrível.

Eu estava completamente errada.

Não dava para ouvir essas memórias, mas eu não precisava escutar para saber o que estava por vir. Aquelas palavras amargas ainda estavam cravadas em minha mente.

-Então... como se sente? - ela perguntou com os braços cruzados.

Eu não queria falar com ninguém aquele momento, então apenas virei o rosto para a janela e fiquei olhando o movimento da rua.

-Como se sente depois de ter causado a morte do seu próprio pai? - ela perguntou aumentando seu tom de voz.

A pequena Jenny voltou seu olhar para a mulher na sua frente. Era óbvio que na época eu esperava outra reação, acho que ninguém esperaria uma reação dessa da sua própria mãe.

Ela tinha dito muito mais coisas, mas meus batimentos cardíacos começaram a aumentar, e a enfermeira foi obrigada a mandar ela sair.

A memória sumiu dando lugar a outra, imagino que tenha um uns 2 ou 3 anos de diferença.

Na memória eu e minha mãe estávamos brigando, por um motivo que eu nem precisava me esforçar para lembrar: meu pai.

Não consigo me lembrar dessa briga especifica, já que tivemos várias pelo mesmo assunto. Mas sempre tinha haver com o meu pai. Ou ela me culpava pela morte dele, ou falava que ele era um péssimo marido, e o resultado era que eu nunca tinha uma semana de paz, o que acabou me fazendo desenvolver o que eu imagino ser depressão, não tenho como saber de verdade já que ela nunca se deu o trabalho de me levar em algum psicólogo ou alguma coisa parecida...