Oblivmates - Drarry

- Capítulo quatro - Propostas Recusáveis

Já havia passado minutos desde que Draco sentou-se na mesa de jantar e o prato a sua frente ainda encontrava-se cheio, ele não havia encostado na comida, assim como nos dias anteriores. Enquanto todos a sua volta pareciam viver suas vidas como sempre viveram, Draco estava preso em duas semanas atrás, quando seu pai resolvera visita-lo.
A mente de Draco repetia incansavelmente a pergunta que seu pai o fizera, o impedindo de pensar em qualquer outra coisa além disso. A única vantagem que Draco obteve, durante esse tempo, foi o fato de que seus sonhos com Harry finalmente pararam. Agora ele tinha pesadelos para acompanhar suas noites. Algo que, para Draco, parecia bem pior do que sonhar que estava de mão dadas com o garoto que ele mais odiava.

*flashback*

Os passos de Draco eram lentos pelo corredor, ele não tinha pressa alguma para chegar a sala de Dumbledore, onde seu pai o esperava.
Enquanto caminhava pelos corredores de Hogwarts, Draco tentava pensar no motivo para que seu pai estivesse ali, e como um tolo concluiu que seria apenas uma visita, sem nada especial por trás. Sua certeza se tornou novamente uma duvida, quando ele chegou a sala de Dumbledore. Seu pai apenas o olhou, e falou para que ele o seguisse, e assim ele fez.

Os dois Malfoy caminharam por alguns minutos, até que finalmente saíram da escola, seus passos continuaram e Draco se viu entrando na floresta proibida. Um arrepio percorreu todo o corpo do garoto, o lembrando de uma historia que havia escutado anos atrás, e isso ainda o amedrontava. Tratou de espantar esses pensamentos da cabeça, estava com seu pai e não poderia demonstrar nenhum resquício de fraqueza a ele.
Depois de alguns minutos Draco e Lucius finalmente chegaram ao coração da floresta. No mesmo instante seu pai começou a conjurar um feitiço, feitiço esse que impediria qualquer um de ver ou ouvir os dois.

-Por que me trouxe aqui?- Draco falou assim que Lucius terminou de conjurar o feitiço.

-Não recebo nem um "Olá, papai"?- Lucius sorriu sarcástico.- Aqui ninguém pode nos ouvir.

-Então para que o feitiço?

-Segurança, alguém pode ter nos seguido.- Lucius respondeu rápido.- e ninguém pode saber sobre o que nós vamos falar.

-O que houve, papai?- O garoto falou sem animo, ele já sabia exatamente o que viria a seguir.

-Lord Voldemort. Ele vai nos dar a honra de sua visita daqui a um mês.- Lucius sorria animado, essa foi uma das poucas vezes que o garoto viu um pai tão sorridente.- E eu pensei que você poderia se tornar um comensal da morte nessa visita, o que acha?

-Comensal, pai? Mas eu ainda sou muito novo!- O garoto fala sem demonstrar medo, mesmo que suas pernas tremessem só de imaginar-se como comensal da morte.

Draco nunca gostou muito da vida que seu pai e sua mãe escolheram, na verdade o garoto chegava a ter medo de Voldemort, mesmo fingindo que não. E só de pensar que um dia teria que se tornar um seguidor fiel de Voldemort, suas pernas tremiam, mas no fim ele sabia que cederia a isso. Draco busca incansavelmente a aprovação de seu pai, e tudo que fazia, ou pensava, era minimamente calculado para um dia ouvir seu pai o parabenizando, coisa que até o momento não havia acontecido. Ele também tinha medo do que aconteceria caso falasse a verdade. Que nunca gostou de ser parte desse meio e que não queria ser um comensal.

-E isso não é ótimo? Terá o titulo de comensal da morte mais novo da historia! Todos vão te admirar.- Lucius sorria.

Draco pensou em respondê-lo com "não quero esse tipo de admiração", mas isso seria visto de forma muito desrespeitosa, e o garoto sabe muito bem o que acontece quando as coisas não saem da forma que o mais velho quer.