Hunter - Daryl Dixon

Capítulo 37 - O Padre

Diana Blake.

Agora estávamos a mercê da sorte, assim que acordamos já arrumamos tudo e começamos a andar, não queríamos dar de cara com mais gente mau intencionada, quando estávamos um pouco longe vi uma das placas do Terminus, Rick fez questão de riscar a placa deixando uma mensagem única "Não é um santuário" depois disso continuamos andando, não tínhamos suprimentos e precisávamos achar o mais rápido possível, pois as bebês estavam com fome, e elas com fome significava bebês chorando, oque não era boa coisa, depois de termos andado umas três horas seguidas ouvimos alguém gritando.

-SOCORROOO, SOCORRRO. Gritava.

A pessoa não devia estar longe, já que os gritos estavam claros pra nós, quando vi Rick exitar em ajuda eu saí correndo, vi que Carl estava bem ao meu lado, quando chegamos no local de onde vinha os gritos vimos um padre, ele estava encima de uma pedra e três zumbis cercavam ele, eu matei um, Carl outro e Rosita o ultimo, quando o homem viu que estava seguro ele desceu, estava estranho, até que se virou pro outro lado e vomitou.

-Muito obrigada, mesmo. Disse o homem.

-Imagina, oque fazia no meio da floresta e sem uma arma?. Perguntei.

-A palavra de Deus é a única arma que eu preciso. Respondeu ele.

-Sei, agora vamos revistar você só pra ter certeza. Diz Rick.

O homem foi revistado e realmente não tinha arma nenhuma, estranho, mas se ele diz que não precisa sou eu que vou contestar?.

-Você tem algum lugar? Ou um pouco de comida e água?. Perguntou Maggie.

-Tem minha igreja, vocês podem passar a noite lá, tem pouca comida mas acho que é o suficiente por hoje. Respondeu o padre.

-E você tem nome?. Peguntou Carl.

-Eu sou Gabriel, Padre Gabriel. Disse ele.

Não falamos muito depois disso, apenas o seguimos até sua igreja, o mesmo foi o caminho todo falando sobre como ele tem se virado sem matar nem sequer um errante, eu achava burrice, uma hora ou outra ele iria precisa de experiência.
Quando chegamos na tal igreja observamos bem, os homens entraram limpando o lugar mesmo com o Gabriel dizendo que estava tudo limpo, depois disso foi nossa vez, eu com Alice no colo já logo arrumei um cantinho e com algumas cobertas e cortinas forrei o chão para que as bebês dormissem, logo vi que o padre deixou nos tomarmos o vinho que antigamente era usado para as ceias. Todos estavam bebendo e comendo, eu ainda estava com as crianças, vi Carol vir até mim.

-Deixa que eu cuido delas, vai ficar um pouco com seu marido. Disse ela.

-Obrigada, elas vão dormir o resto da noite então tá tranquilo. Falei me levantando.

Vi que Daryl estava em um canto conversando com Rick e Glenn, peguei um copo de vinho e fui até eles, cheguei abraçando o caçador.

-Olha, finalmente apareceu. Disse Rick.

-Eu estava cansada, fiquei cuidando das bebês mas elas já dormiram. Falei sorrindo de canto.

-Nossa eu estou exausto, nem consigo acreditar que arrumamos um lugar pra dormir. Diz Glenn.

-Realmente, não imaginei que teríamos um teto pra dormir hoje. Disse Rick.

Eu comecei a beber o vinho do copo, era realmente delicioso, os homens conversavam enquanto eu só ficava abraçada a Daryl, senti tanto a falta dele que não consigo ficar perto se não estiver abraçada a ele, eu bebi mais um gole e logo vimos Abraham se levantar.

-Meus amigos, agora que estamos mais tranquilos eu queria dizer algo, meu amigo Eugene aqui é um homem muito especial, preciso levar ele a Washington pois ele sabe a cura pra isso tudo, queria muito que viessem comigo e me ajudassem nessa missão. Disse o homem.

-Explica isso melhor, o Eugene ali sabe mesmo a cura?. Perguntei.

-Sim, eu trabalhava para o CDC, nós criavamos doenças para usarmos como armas, e em uma dessas experiências algo deu errado, mas se eu conseguir chegar a Washington, ter algum tempo eu consigo fazer uma cura, algo que ajudaria todos nós. Diz ele com o peito estufado.

Eu fiquei MUITO intrigada com essa história, estivemos no CDC e o Edwin nós disse que não havia cura pra isso, mas vai saber né, sempre ah possibilidade pra tudo. Percebi Rick se levantar com Judith no colo.

-Oque você acha? Devemos ir?. Peguntou para a bebê, a mesma deu um gritinho e bateu palmas. -É acho que ela já respondeu. Falou ele.

Todos se animaram, era lindo ver esperança neles, de tudo voltar a ser como antes. Eu estava do lado de Daryl ainda, decidimos sair pra ver como estava o céu, nos sentamos na escada da igreja e ali ficamos.

-Diana, sabe o Merle?. Peguntou.

-Sei, seu irmão, porque?. Respondi.

-Quando descobrimos o governador ele estava lá, era tipo a mão direita do cara, eu não me surpreendi em ver ele com o cara mal, mas passamos muitas coisas, e no final se não fosse ele estaríamos todos mortos, ele morreu salvando a prisão, fazendo a coisa certa, e ele me disse algo sobre você que eu nunca vou esquecer. Diz ele me encarando e sorrindo de lado. -Ele disse pra mim não desistir de você, que ele sentia que você estava viva, que provavelmente era a mulher mais esperta e forte de todos ali, ele disse que se eu te achasse não era pra deixar escapar, quando encontrei ele zumbificado eu fiquei desesperado, não sabia oque pensar, depois de uma vida fazendo tudo errado ele morreu sendo um herói, e no final ele estava certo, eu te achei e não vou te deixar escapar. Disse depositando um beijo em minha testa.

-Sempre soube que ele não era um cara mal, ele podia até tomar as decisões erradas mas isso não o tornou mal, queria ter conseguido me despedir dele. Falei cabisbaixa.

Daryl não me respondeu, apenas me abraçou e deitou a cabeça em meu ombro, eu sabia que aquela conversa devia ser muito difícil pra ele, pois ele amava o irmão, mesmo que o mesmo tenha feito coisas ruins pra ele, eu admirava essa maneira intensa dele de amar as pessoas.
Passamos alguns minutos ali e logo depois entramos e fomos dormir, nos dois estávamos exaustos, não demorou nada pra pegarmos no sono.

Gente se que o capítulo foi curto mas vou logo avisando que vem coisas interessantes por aí.

Se gostarem comentem e não se esqueçam da ⭐.