lição 02: respeite o senhor Park

371 74 75
                                    

Jungkook segurava a própria camisa, nervoso e ansioso, observando o carro enorme que o príncipe o colocou. Depois da festa, dois dias depois, Jimin voltou até a casa do clã de Seul e buscou o mais novo com muita gentileza. Namjoon, o líder da casa, não queria deixar o menor ir assim, nas poucas semanas que viveram juntos, já se sentia ligado como se fosse seu gerado.

Janelas escuras para a luz do sol não entrar, olhava o reflexo de Jimin na janela, um homem bonito, de pele pálida, cabelos cor de rosa feito um algodão doce, uma roupa social clara, mocassins marrons bonitos e óculos de sol de lentes amarelas.

Teve de notar que seus lábios são fofos, vermelhos como morangos, até passou a pontinha da língua na presa que começou a apontar, pois imaginou como seria mordê-los.

Namjoon avisou sobre hormônios e comportamentos diferentes que ele teria daqui para frente, mas não pensou que teria tantos sentimentos mistos sobre um homem, que basicamente, o comprou.

— Estamos chegando... – Jimin tirou os olhos do celular. — A casa fica em uma colina, longe das pessoas da cidade, vai ficar seguro comigo, isso se você não inventar de sair por aí fazendo bobagens.

Balançou a cabeça, como Jaebum ensinou: respeite o senhor Park. Se sente mal por não lembrar do seu passado, se sente pior ainda por não saber quem o transformou e o deixou jogado em um beco abandonado.

E Park não o olha nos olhos, o trata como alguém comum, as vezes até com certa desconfiança. Se ele não tem família e nem amigos, não tem nada a perder indo com um homem como ele.

— Pode falar, não precisa ficar com medo... ou você costuma ser quieto mesmo? – tirou o óculos do rosto, sentado a sua frente, notou que Jungkook recolheu os pés para trás, assim os dele não encostaria.

— Não costumo falar muito... – murmurou introvertido, querendo sumir em um buraco do banco. — Desculpa.

— Não peça desculpas, eu imaginei que seria um pouco quieto... geralmente, recém gerados são um caos, falantes e perturbadores – rolou os olhos e o carro estacionou. — Você é diferente, de acordo com o que Jaebum me contou. Eu gosto.

Eu gosto...

Jungkook sorriu, sem saber o porquê, mas ficou feliz por não ser considerado rebelde como os outros que ele conheceu. Alguma coisa em Jimin parece intimidante, mas o deixa confortável de algum jeito.

Abriu a porta, Jungkook até se assustou, mas já estavam dentro do estacionamento da casa, onde o sol não bate.

Assim que desceu, percebeu estar em um lugar grande e muito luxuoso. Jimin colocou os óculos no colarinho. — Notei também que não tem muita bagagem. Ótimo, poderei te vestir da forma que me agrada.

E como poderia contestar?

Ajustou a mochila nas costas e concordou com a cabeça. — Eu fui encontrado em meu uniforme e não sei bem de onde vim, Jaebum estava pesquisando sobre minha escola...

Jimin começou a andar e com os olhos pediu que o rapaz o acompanhasse. Jungkook parece muito novo, e inocente, feito uma criança, e ainda é forte e maior que ele, o que parecia um tanto cômico para alguns guardas, que contiveram suas risadas com medo do olhar de Park.

A casa é muito grande, notou quando entraram pela porta dos fundos e se deparou com uma cozinha gigante. A casa que estava antes é a metade ou menos. Ainda surpreso com tudo, Jungkook sorriu quando recebeu um copo de vitamina na mão.

— Pedi para prepararem, sabendo a hora que chegaríamos – comentou. — Jaebum andou pesquisando sobre sua escola e me mandou algumas coisas, aparentemente você é órfão e não tinha muitos amigos...

MILK TEETH | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora