2 | 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐖𝐇𝐎 𝐂𝐎𝐔𝐋𝐃 𝐂𝐇𝐎𝐎𝐒𝐄 [Harry Potter]

Capítulo Treze - Poção Polissuco

No alto da escada, a Profa McGonagall bateu a uma porta que se abriu silenciosamente, e nós entramos. A professora disse para que esperássemos e ali nos deixou, sozinhos.

— Acha que vamos nos ver outra vez se nos expulsarem? — Perguntou Harry.

— Espero que sim. Foi legal te conhecer, Potter. — Falei observando o lugar.

Ele deu uma curta pausa.

— Foi bom te conhecer, Goldstein. — Ele murmurou.

Ri baixinho do fato de já termos aceitado de fato que essa era nossa despedida. Olhei em volta buscando algo que me interessasse até que Dumbledore aparecesse. Achei muitas coisas na verdade. Era uma sala circular cheia de objetos muito interessantes, havia vários instrumentos de prata curiosos sobre mesas de pernas finas, que giravam e soltavam pequenas baforadas de fumaça. As paredes estavam cobertas de retratos de antigos diretores e diretoras, todos eles cochilavam tranquilamente em suas molduras. Havia também uma enorme escrivaninha de pés de garra, e, pousado sobre uma prateleira atrás dela, um chapéu de bruxo surrado e roto, o Chapéu Seletor.

O observei com atenção por alguns segundos. Me lembrei então do dia da minha seleção. Tentei com toda minha força lembrar das palavras do Chapéu, mas simplesmente não conseguia. Era como se tivesse sido excluído da minha memória, como se nunca tivesse acontecido. Harry também encarava o Chapéu com os olhos cerrados. Ele caminhou até ele, e o pegou hesitante. Caminhei até o outro lado deixando Harry e o Chapéu, me aproximei de uma mesinha cheia de livros, com enfeites dourados e alguns pareciam ser edições exclusivas. Um deles que me chamou atenção era o Feitiços Muy Antigos — Edição Especial, que diferente dos outros não tinha nenhum detalhe desenhado e era só mais um livro de capa preta que parecia tudo menos especial. Peguei para analisar mais de perto e o abri, para minha surpresa, as páginas eram detalhadas, cheias de runas antigas e escritos em latim que eu não fazia ideia do que significavam. Sasogirep osã seõxenoc alsamug e ocatcen aigama, dizia uma frase na primeira página. Tentei decifra-la, sem sucesso. O livro inteiro continha uma série de Feitiços e Maldições muito perigosas para qualquer bruxo que se arriscasse a tentá-las. Feitiços que eu nem sabia serem possíveis de serem realizados. Por que Dumbledore teria um livro desses? Não imaginava ele fazendo nada daquilo, já que a maioria dos feitiços usavam magia das trevas. Estava concentrada nas páginas até ouvir um barulho do outro da sala, que chamou a minha atenção e de Harry, que caminhou até o lugar onde havia uma Fênix, parecia muito fraca. Olhei novamente o livro em minhas mãos, analisando as Runas e símbolos, perdida nas palavras até que a voz rouca e calma se Alvo Dumbledore me trouxe de volta.

— Um livro muito interessante se quer saber, Srta. Goldstein. Mas não acho que tenha idade para ler o que suas páginas escondem. — Disse o diretor, olhando o livro em minhas mãos.

— É um livro interessante. Seria mais ainda se eu soubesse o que as Runas significam. — Falei colocando o livro sobre a mesa e indo de encontro a ele e Harry.

— Deveria fazer aula de Runas ano que vem. É uma matéria interessante, e na minha opinião, bastante útil. — Disse ele com um sorriso.

Olhei em volta e meus olhos pararam na Fênix, abatida. No instante seguinte, se evaporara, agora era apenas cinzas. Harry pareceu chocado. Dumbledore riu baixinho da cara de espanto do garoto.

— Fawkes é uma fênix, Harry. As fênix pegam fogo quando chega a hora de morrer e tornar a renascer das cinzas. Olhe ele...

No meio das cinzas, um pequeno animal surgira, idêntico ao outro e pensei o quanto Fawkes deveria ser uma Fênix bonita em seus melhores dias.

— É uma pena que a tenham visto no dia em que queimou – disse Dumbledore, sentando- se à escrivaninha. – Na realidade ela é muito bonita quase o tempo todo, tem uma plumagem vermelha e dourada. Criaturas fascinantes, as fênixes. São capazes de sustentar cargas pesadíssimas, suas lágrimas têm poderes curativos e são animais de estimação muitíssimo fiéis.