Capítulo Dezessete - A Câmara Secreta

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No dia seguinte, durante o café da manhã, fui correndo até a mesa da Grifinória com um plano e a esperança de Harry e Rony estivessem dispostos a me ajudar. Eles já conversavam baixinho quando notaram que eu me aproximava.

— Com licença. — Fiz movimento com a mão para que abrissem espaço para mim entre eles. Me sentei no minúsculo espaço e apanhei uma pãezinhos para comer pois estava morrendo de fome.

— Está melhor agora? — Perguntou Harry.

— Sim, melhor do que nunca. — Disse bebendo o suco de abóbora de Rony, que me olhou com cara feia quando viu que devolvi vazio.

— Então, o que foi? — Perguntou Rony, enchendo o copo.

— Murta-Que-Geme. — Disse enfiando um pãozinho na boca. — Ela é a menina que morreu a cinquenta anos quando a câmara foi aberta pela primeira vez. — Disse com a boca cheia, mas os dois entenderam.

— Achamos isso também. Temos que falar com ela, ela deve saber o que foi que a matou. — Falou Rony, limpando a boca cheia de farelos de bolo.

— Não é meio indelicado perguntar como alguém morreu? Quer dizer... sabem e se ela de ofender? — Perguntou Harry, deixando sua fatia de bolo de lado.

— Quem se importa? Isso tudo é muito importante, ok? Temos que agir logo. Eu tenho um plano. — Disse tomando novamente o suco do copo de Rony. — Não precisamos perguntar nada a Murta.

— Mas ela provavelmente sabe o que a atacou não? É óbvio que devemos perguntar a ela. — Disse Rony.

— Não foi você que disse ontem que sabia o que era o bicho? Nos conte logo e não vamos precisar lidar com Murta. — Falou Harry baixinho quando percebeu que todos ao nosso lado ficaram em silêncio para nós escutar.

— Não vou falar nada aqui. Precisamos estar só nos três. Podemos usar a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. E eu não tenho certeza do que é, é apenas uma suspeita. Não acho que um bicho daqueles possa estar em Hogwarts. Se estivesse nenhum do que foram atacados teriam chance... — Disse me levantando.

— Então... temos um plano? — Perguntou Harry confuso?

— Temos. E não passa de hoje. — Caminhei decidida para fora do salão comunal em direção a biblioteca.

Quando a hora da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas chegou me dirigi até a sala de aula acompanhada de Daphne que tagarelava sobre algo sem importância. Tinha em minha mente em Harry e Rony e o plano. Se realmente o que estava na escola de era um basilisco, não havia nada que nenhum dos três pudesse fazer. Mas conhecia duas pessoas que com certeza saberiam. Kathlyn e August Goldstein, meus pais, eram aurores e trabalhavam com todo tipo de criatura perigosa e com a ajuda do ministério, não havia nada que impedisse a captura da criatura. Havia apenas uma questão. Onde ficava a câmara secreta? Não existe registro dela e nenhum professor jamais a achou. Tudo que tínhamos que fazer era achá-la, acionar o ministério e terminar meu ano como um aluno normal. Poderíamos perguntar algo a Murta, ou até mesmo a outros fantasmas que vivem aqui a mais tempo. Já devem ter visto de tudo nesse castelo. Era simples. Entretanto, quando contei tudo a Harry e Rony, ele não pareceram tão certos assim.

— Você pelo menos tem alguma ideia de onde fica a câmara secreta? E o Herdeiro de Slytherin? E se esse bicho nos achar primeiro? E se ele nem estiver na câmara secreta? E se acharmos e essa criatura nos atacar? — Disparou Rony em voz baixa quando Lockhart terminou de ler o um dos capítulos do seu livro, Meu eu mágico.

— Você tem um plano melhor? Me diga Rony, por que eu sinceramente não consigo imaginar nada mais. — Disse sentido minha paciência se esgotar, o que acontecia com mais frequência nas últimas semanas.

 2 | 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐖𝐇𝐎 𝐂𝐎𝐔𝐋𝐃 𝐂𝐇𝐎𝐎𝐒𝐄  [Harry Potter]Onde histórias criam vida. Descubra agora