MEU LOBO SOMBRIO ~ Jikook

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Jeon então analisou Jimin por mais alguns segundos antes de soltar suas mãos e sair da sala, deixando Jimin lá, paralisado e com o rosto totalmente quente. Jungkook se despediu dos garotos na recepção e principalmente de Hoseok, e então, seguiu para a floresta, precisava ver seu pai.

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Após caminhar por algum tempo, Jungkook finalmente  chegou a alcatéia, alguns lobos presentes alí o olhavam de maneira estranha, outros sorriam ao notar sua presença, e então o acastanhado notou a presença de Max, e foi até o mesmo.

— Meu pai chegou? – Jungkook disse, observando ao redor para tentar achar o lobo mais velho.

— Sim, ele chegou todo machucado e foi para a cabana de Sohui. – Max respondeu e então começou a pensar. — Como você sabe que ele não estava aqui?

— Depois te explico, vou lá ver como ele está. – Jungkook então se despediu de Max e foi em direção a a cabana de Sohui.

Ia adentrando mais a floresta, já que a cabana era um pouco longe, separada do resto das moradias, já que Sohui gostava de se sentir em paz e tranquila. Seguiu a  sobe a trilha de terra, com várias flores ao redor, árvores e era possível escutar facilmente o barulho dos animais presentes no local, como pássaros.

Assim que chegou ao local, bateu na porta algumas vezes, e logo uma senhorinha de cabelos grisalhos e baixinha, apareceu.

— Senti que viria, meu filho. – A senhora deu espaço para que Jeon entrasse. Assim que entrou, começou a procurar seu pai, sem sucesso.

— Meu pai? – Jungkook perguntou, já presumindo que Sohui o entenderia.

— Você sabe onde ele está, vá até ele. – A mais velha respondeu, apontando para a janela a frente. Era possível ver mais uma trilha de terra, porém, era pouco usada e estava repleta de plantas.

Jungkook prontamente entendeu, se virou para sair mas a mais velha o impediu, segurando em seu braço.

— Seu pai está irritado, seja paciente. – A mais velha se virou, andou tranquila até uma prateleira e de lá pegou um buquê de violetas. – Entregue para ela por mim.

Jungkook assentiu, pegou o buquê e saiu da cabana, seguindo pela estrada pouco usada. Quanto mais ele adentrava a floresta, mais escura ela ficava, mas não era um escuro desconfortável, era apenas reconfortante. Aquele caminho tão conhecido por si, era tão longo, mas tão tranquilo, sempre que andava por ele, sentia uma energia diferente, mais calorosa, amorosa, e a cada pegada deixada por si no solo úmido, a cada minuto mais perto de onde precisava chegar, ele se sentia cada vez mais leve. Era a presença de sua mãe que ele sentia. E então, ele finalmente chega ao seu destino, a árvore de cerejeira, que diferente do resto da floresta, se destacava por seu rosa que brilhava ao longe.

Ele logo percebe a presença de seu pai, que sentado embaixo da árvore, pensava. Jungkook foi até Namjoon, deixou o buquê no chão e fez uma oração breve, para agradecer aos espíritos da floresta por acolherem tão bem sua mãe.

— O senhor está melhor? – Jungkook perguntou, tentando chamar atenção de Namjoon.

— E você se importa com isso? – Namjoon disse amargo, olhou para seu filho com desaprovação e voltou a dizer. — Pra você seria melhor, não é.

— Pai, aqui não é o melhor momento para isso. – Jungkook respondeu baixo, melancólico, abaixando a cabeça para que não fosse possível ver seus olhos marejados. — Mamãe não gosta quando brigamos.

— E você se importa com ela? – Namjoon levantou, raivoso e foi para cima do menor. — Não se importa! Você sabe de quem foi a culpa pela morte dela e mesmo assim defende eles!