Dorian Havilliard achava que sabia o que era amor. Ele chamou de amor os olhares de relance cheios de admiração e inveja, inveja de como ela parecia ser livre de uma forma que ele jamais seria, que ele direcionava para Celaena quando ela não estava vendo – ou talvez ele estivesse alheio ao fato de que ela via cada um deles com o canto do olho –, e depois ele nomeeou amor o que fez seu coração se partir não muito depois. Dorian chamou de amor os momentos furtados e vazios que ele compatilhara com a curandeira humana chamada Sorscha. Ele pensou que sabia como era o amor quando ela lhe deu tudo o que jamais teria: seus sonhos, seus pensamentos e sua vida, no fim.
Dorian Havilliard não sabia o que era o amor. Não até conhecer o homem secular com cabelos dourados, mais brilhantes do que o próprio sol, pele marrom e um sorriso pretensioso brincando no canto dos lábios. Ele pensou em quão bonito ele era, mais do que qualquer homem que já havia visto antes. Então ele roubou. Ele foi um ladrão sob a luz do luar quando roubou o primeiro vislumbre do macho, foi apenas um breve movimento de seus olhos azuis, mas foi o suficiente para definir um hábito, porque o modo como sua magia derreteu o gelo mantido em torno de si tornou impossível para sequer dormir. Ele foi um trombadinha debaixo das folhas soltas e dos galhos quando roubou suas primeiras palavras. E Dorian Havilliard fora eternamente um ladrão quando eles compartilharam um beijo atrás de portas fechadas e janelas abertas, antes do que seriam lábios inchados, corações acelerados e um rosto corado.
Dorian Havilliard sabia que ele enfim poderia chamar algo de amor.
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Trono de Vidro - Pequenos Contos
FanfictionApenas algumas coisas que escrevo quando estou inspirada. Todas as estórias aqui foram baseadas no universo e nos personagens da autora Sarah J. Maas, portanto, apenas as ideias são minhas.