V - Elorcan (PT-BR)

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Ele a levou a Paris na primeira noite de Fevereiro. A mesma noite em que ele havia colocado seus braços em torno de sua cintura em um abraço gentil, puxando-a mais para perto alguns centímetros de modo que ele pudesse sentir o coração dela batendo rápido dentro do peito, para que ele pudesse sentir seu calor e para que seus braços descansassem em seus ombros e pescoço – e eles compartilharam um ansiado primeiro beijo de centenas de milhões de infinitos.

Ele levou Elide a Paris quando a lua estava cheia no céu estrelado, o mesmo céu sob o qual ela o tinha dado um passional e faminto beijo logo após o relógio bater meia-noite, e Lorcan retribuiu, mais faminto; na mesma lua que ele tinha arrancado sua blusa azul porque não achava que lhe fazia jus o suficiente e saboreou a  essência de baunilha dos seus sabonetes na sua pele. Ele compraria dezenas mais. Tinha sido no mesmo azul escuro de quando Elide deitou sob ele na cama conjunta e gemeu seu nome numa promessa a qual ele jamais seria capaz de esquecer. E quando Lorcan a levou a Pont des Arts ela sabia que era para sempre, então colocou o amor que transbordava de si dentro do pequeno cadeado amarelo e sorriu delicadamente, dando um passo para trás e deixando que sua mão encontrasse o caminho até a dele.

Trono de Vidro - Pequenos ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora