Muitas cenas picantes e explícitas neste capítulo...
Este seria o último, porém acabei tendo que acrescentar mais uma cenas.
Mas, definitivamente, o próximo será o último.
Espero que curtem!
Boa leitura!
Capítulo V. Canto da Sereia
Nove de novembro. 1889
Em um beco qualquer, de uma noite qualquer, um corpo jazia sujo e moribundo. A pele desnuda enregelava sob a cortante geada, apenas com um fino tecido surrado a lhe cobrir. O frio já havia anestesiado a dor das inúmeras feridas e hematomas, e aquele parecia ser o seu pensamento mais positivo em semanas. Aos poucos, sua força foi embora. Cada parte do seu corpo começou a perder sensibilidade. Antes de perder o que restava de sua consciência, sussurrou no ar:
─ Por que está demorando tanto, Jack?
♦
Dezoito de julho. 1889
O cheiro era inconfundível. Aquela mistura das notas do sexo com a fragrância própria de Peter tirava Stark dos eixos. Ainda era um mistério para o mais velho a origem daquele cheiro tão inebriante, tão inconfundível. A ponta do seu nariz deslizava pelo percurso de fogo, seguindo pelo caminho da felicidade e encontrando a nascente de todos os seus pecados. Stark subiu com os olhos por todo o caminho que percorrera, fitando o abdômen firme e glabro do garoto, até chegar aos olhos e lábios sedentos. Com certa teatralidade, Tony abocanhou o membro rijo de Peter de maneira a lhe excitar ao máximo. Os movimentos de vai-e-vem eram contínuos, mas suaves e sempre muito molhados. Peter arranhou os lençóis até a lateral do próprio corpo, subindo com as mãos e agarrando-se a cabeceira da cama. Alguns poucos cachos louros desgrenharam sob a testa, enquanto Peter inspirava e exalava prazer.
Sem qualquer aviso prévio, Stark gira o corpo de Parker e o posiciona estrategicamente acima de um emaranhado de travesseiros. Fazia dias que a manhã começava exatamente da mesma maneira. Vê-lo ali daquele jeito, submisso e inteiro para si, trazia a tona os sentimentos de vaidade mais sombrios.
─ O que está esperando? ─ indagou Peter mais a frente, com a boca a dar pequenas mordiscadas na fronha. ─ Me foda. ─ Tony não pode ver nitidamente, mas pode delinear o rascunho de um dos sorrisos mais indecentes nos lábios do loiro. Ele sabia que a criatura que ali existia, havia aprendido as estratégias mais excitantes no bordel e agora travava uma guerra interna se isso era bom ou ruim.
─ E desde quando é você quem dá as ordens aqui? ─ então o mais velho viu naquilo a chance de também deixa-lo a beira da loucura.
Ele usou e abusou das cartas que tinha. Havia decorado cada ponto sensível de Peter. Havia estudado; sabia como lhe provocar. O pescoço, a lateral das costelas, a nuca e principalmente a parte interna das coxas, o fraco que viria a ser a sua escolha. Traçando o seu delírio, Tony puxou um dos braços de Peter para detrás das costas, imobilizando qualquer movimento seu e agarrando suas coxas, o que fez o jovem dar um leve impulso para trás. Nesse instante, Peter sentiu que seu membro o traiu, presenteando a cama com um pré gozo que precisou conter com todas as suas forças.
─ Por favor, não me faça gozar. Não agora. ─ vê-lo tão vulnerável à ele daquela forma deixou tudo mais picante, mas agora já havia brincado o suficiente. ─ Por favor. ─ ele pediu mais uma vez, agora ajeitando-se e formando o monte que Tony tanto apreciava.
─ Como queira.
Com a paciência que nenhum dos dois tinha, Stark abusou da saliva de ambos para preparar o delicado anel. Parker não hesitou em puxar os lençóis com os dentes, apertando os olhos com a primeira estocada de Tony. A segunda e a terceira ainda o deixaram tenso, mas como de costume, seu corpo começou a amolecer e agora já sentia em seu íntimo que fazia parte de Stark. A fronha branca levemente úmida cai de seus lábios molhados como um doce que fora muito apreciado, e agora Peter se concentra em se movimentar, igualmente.
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Pseudo Afrodite
RomanceNa Londres do século 19, Antony Stark, um professor universitário pouco ortodoxo e também um homem aflito em sua solidão, usa sua compulsão notívaga para conhecer os diferentes bordéis de East End e estudar a dupla moral sexual da sociedade vitorian...