o9| EU NÃO ESTOU FELIZ, ESTOU ME SENTINDO CONTENTE

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"Eu não estou feliz, estou me sentindo contente

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"Eu não estou feliz, estou me sentindo contente. Eu sou inútil, mas não por muito tempo, o futuro está chegando. Finalmente alguém me deixou sair da jaula." — Gorillaz (Clint Westwood)

12 de março de 2008, Maine, Portland [Dia do massacre]

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12 de março de 2008, Maine, Portland [Dia do massacre]

     As botas pesadas do Outro Robbie faziam ecoar um som terrivelmente claustrofóbico no corredor agora completamente vazio. 

     Alguns sapatos, vários papéis e diversos outros itens que os estudantes deixaram para trás quando as bombas começaram a explodir no piso superior, preenchiam toda a extensão do corredor. O atirador se certificou de que não havia ninguém ali. 

     Averiguou as salas e depois tocou a maçaneta da sala da psicóloga Ivone Keffler. O ranger da porta ecoou pelo recinto. Os olhos cansados do Outro Robbie caíram em uma mulher encolhida no canto, com as feições banhadas em horror. 

     A mão firme dele recarregou o rifle com um movimento simples, fazendo o cartucho pesado cair com um baque surdo no chão.

     — Robbie, por favor — choramingou Ivone, agora com a ponta do rifle apontada para ela. — Você não é assim Robbie, não é...

     O Outro Robbie se sentia muito cansado, como se sua cabeça fosse explodir. Ele olhou profundamente nos olhos desesperados da psicóloga e se sentiu confuso. O tic-tac do relógio na sala o deixava perturbado, algo dentro da sua cabeça gritava. 

     Dando mais uma última olhada para Ivone, ele lhe deu as costas e seguiu caminho. Ao dobrar no corredor seguinte, o atirador escutou um choro baixinho. Ele seguiu para a pequena sala onde os alunos transformaram em um estúdio de fotografias. 

     Dentro dela, estava Tamsyn Donovan, encolhida logo abaixo do balcão onde algumas fotos reveladas para ir para o anuário ainda descansavam.

     Ela não conseguia acreditar que quem estava fazendo aquelas coisas era Robbie, e ao vê-lo segurar firmemente o rifle na mão, a realidade a atingiu como um soco no estômago. A luz vermelha da sala deixava o rosto do Outro Robbie ainda mais assustador. 

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