Capítulo Trinta e Quatro- Agora O Pau Vai Torar

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Podemos dizer que o "muito em breve" seguiu seu sentido literal, à noite os adultos nos contaram, depois de enrolar pensando no que dizer, que nossos dias juntos estavam contados.
Isso foi um verdadeiro choque de realidade, eu e a Hina acabamos acostumando tanto com essa vida, que nem pensamos que um dia tudo acabaria.
Ficamos chateadas, obviamente, mas me atrevo a dizer que não tivemos uma reação dramática, acredito que a maturidade vem para todos algum dia.
Por mais que a vida que levo agora seja muito próxima a perfeição, no fundo eu sei, sempre soube, que o ditado "tudo que é bom, dura pouco" consegue ser uma das verdades absolutas da vida.
O bom de tudo, é que ainda temos alguns dias aqui, dois para ser exata, não é muito, mas acredito que seja suficiente para aproveitar mais um pouco.

- Você se sente mal?- perguntou a Hina, deitada e olhando para o teto do nosso quarto.- Eu sinto como se estivesse perdendo minha mãe pela segunda vez, mas... Não estou tão triste... Não sei explicar ao certo.

- Eu também não, acho que minha mente se agarra ao fato de que eu e você tivemos algo que outras pessoas, que perderam os pais, não tiveram.- disse apagando a luz do abajur.

- Acho que penso isso também, pude viver dois anos e meio com minha mãe, que faleceu há anos, quantas pessoas tiveram o mesmo?- Hina disse, terminando com um bocejo cansado.- Bom, boa noite.

- Boa noite.- me aconcheguei mais entre os lençóis, deixando, finalmente, minha cabeça descansar.

Depois de perder o sono na madrugada, finalmente consigo cochilar, mas acordo assustada com a Hamira tocando um trompete.

- O café já está pronto, se não levantarem imediatamente, eu vou carregar vocês até a escada e irei deixá-las descerem rolando.- disse em alto e bom som, com uma roupa estilosa de camuflagem, como as do exército seriam, se eles fossem desfilar para a Gucci.

Pulamos da cama e começamos a nos arrumar para mais um dia, sinto um tecido ser jogado na minha cara, não sei quem arremessou, porque a Hamira saiu do quarto tocando seu trompete verde com glitter, mas o que importa é que a roupa era incrível.
Um look como o da Hamira estava em minhas mãos, só que o meu era uma camuflagem magenta, um roxo próximo ao rosa, a Hina também recebeu um diferente, roxo escuro para ser mais clara.
Depois de descer e entrar em contato com o completo caos, que são Hamura e o resto dos adultos conversando sobre sei lá o que enquanto falam alto, nos contaram que teremos mais um teste de habilidade antes de ir, parece até o Big Brother.

- O teste consiste em criar algo usando o poder Otsutsuki.- meu pai começou a explicar e minha mente pulou de alegria, criar objetos é fácil nessa altura do campeonato.

- O desafio da questão é que não pode ser qualquer coisa, tem que ser algo moderno, que vocês não consigam criar logo de cara.- Hamura disse com um sorriso diabólico.- Podem criar os materiais para construir e fazer funcionar, mas, de novo, é proibido criar algo pronto.

Que ótimo, só para complicar minha vida, mas até que gosto de um desafio.

- Eu não faço a mínima ideia do que fazer!- disse a Hina, bem confusa, acho que ela nunca teve um contato direto com coisas modernas, essa onda ainda não chegou aqui, mas pretendo mudar esse fato e tentar trazer a tecnologia mais cedo.

- Pode usar meu celular.- eu disse o entregando.- É só desmontar, entender como ele funciona e montar o seu próprio, não é tão simples, mas sei que você consegue.

- Mas Naomi, você não vai usar?- perguntou confusa.

- Eu já tive uma outra ideia.- falei sorrindo como uma cientista maluca, o que fez os outros presentes questionarem o que será que se passa na minha cabeça que já não bate muito bem.

Espera... Aqui é Konoha?[Entrei no universo de Naruto]Onde histórias criam vida. Descubra agora