Capítulo Trinta e Oito- Ruivinho da Pantene

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Como se eu já não estivesse preocupada com o Gaara, as palavras de Itachi me deixaram nas verdeiras profundezas do desespero.
O Itachi Vampirão sempre mantém a calma, e não deixa transparecer suas emoções, mas eu conseguia ver sua aflição, estava clara em seus olhos.

- Como assim... Algo maior?- questionei, sentindo minha pressão baixar.

- Eu explicarei. É melhor se sentar.- falou, logo depois de fazer aparecer uma mesa e duas cadeiras.

Já tinha até esquecido que estávamos em um Genjutsu, o local todo e o próprio Uchiha pareciam muito reais, profissional que fala, né?

- Há um tempo, Orochimaru fez parte da Akatsuki, mas, mesmo durante esse período, não deixou de realizar seus experimentos problemáticos.- começou calmo.- Era óbvio que ele não se importava com os objetivos da organização, só queria um corpo para si, no caso, o meu. Então, depois de diversos acontecimentos, Pain o considerou um traidor. Orochimaru precisou sair às pressas, já que seu plano havia falhado, ele conseguiu levar todas as suas pesquisas, exceto uma, que caiu nas mãos de Pain por puro acaso.

Itachi me contou que Pain precisava de um papel para anotar algo e Konan tinha saído em missão, então Kisame pegou uma folha aleatória, aparentemente vazia, que estava no canto da Cobra de Taubaté.
Em um momento de distração, ou noia, o grande líder Pain deixou o papel perto do fogo, e isso revelou seu verdadeiro conteúdo.

- E o que tinha nessa tal pesquisa?- perguntei curiosa, qualquer coisa poderia vir do Orochimaru.

- A fórmula para o exército perfeito.- respondeu.- Ele inventou e batizou uma coisa chamada Substância O, que deriva do DNA de Tsunade Senju. Na teoria, com isso, e um pouco de chakra, simples estátuas de pedra podem ganhar vida e conseguir a força de mil homens. Sinceramente, acredito que na prática a força seja um pouco menor, já que Orochimaru não teve tempo de aperfeiçoar sua criação, talvez de... Uns seiscentos ou setecentos homens.

Confesso que fiquei muito surpresa, esperava qualquer coisa, mas não tinha nem imaginado um exército bombadão louco, e o principal, como Orochimaru conseguiu o DNA da Tia Tsunade?

- Com "ganhar vida", você quer dizer como criar uma consciência?- fiz uma, das inúmeras perguntas que rodeavam minha mente.

- Não, o exército não tem consciência nem sentimentos, viram apenas peões de quem está os controlando.- Itachi respondeu, me fazendo descartar a possibilidade do discurso no jutsu.

Já foi difícil ganhar a guerra com só algumas pessoas ao lado do mal, eram a Akatsuki, alguns zetsus, Madara, Obito e o Juubi, além da Kaguya, e eles tinham problemas internos, já que um traía o outro, um exército invencível torna as coisas impossíveis.

- Senju, eu sei que conseguirá algo, você só precisa pensar fora da caixa.- falou, ligando seu modo filósofo.- Inimigos inéditos, exigem soluções inéditas.

- Espero que esteja certo.- falei, completamente insegura.

- Nosso tempo está acabando, você precisa ir.- Itachi comentou, levantando.

Eu não poderia perder essa oportunidade, precisava de uma foto com esse Uchiha e chances como essa não são comuns.
O problema é que estávamos em um genjutsu, ou seja, a selfie não seria real.

- Itachi, nunca te vi sorrindo, você pode fazer isso para eu ver como é?- perguntei, já que não levaria uma foto, queria pelo menos essa bela visão.

- Não.- respondeu seco.

- Por favor.- falei implorando, precisava de ao menos uma lembrança legal desse momento.

Espera... Aqui é Konoha?[Entrei no universo de Naruto]Onde histórias criam vida. Descubra agora