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Carol 🍒

Acordei me sentindo estranha pra caralho, minha cabeça rodava, eu tava em um lugar escuro que eu não conseguia ver caralho nenhum e o lugar fedia também, eu não lembrava de nada que tinha acontecido, como eu vim parar aqui.

Tentei me levantar do chão frio e procurar alguma luz, mas tava falhando miseravelmente.

Eu escutava algumas vozes distantes, vozes de homem. Fechei meus olhos sentindo uma tontura e vi a porta sendo aberta e a luz invadindo o lugar.

Olhei pra porta e vi um homem em pé parado com uma fuzil atravessada no corpo, ele veio até mim e me levantou pelo meu braço e saiu me puxando.

Carol: quem é você e pra onde tá me levando?- ele ficou calado e continuou me puxando pelo braço- como eu vim parar aqui porra?

- tu pergunta demais ein, cala a porra da boca só um segundo parcera!- respirei fundo e a gente entrou numa sala cheia de homens e ele me soltou de uma vez.

Carol: o que tá acontecendo?- perguntei assustada.

Começou a vim uns flashs na minha cabeça do que tinha acontecido ontem, lembrei que um cara tinha me pedido informação e de repente alguém me apagou.

- é essa a mina? É mais gostosa pessoalmente.- ele passou por trás de mim me olhando dos pés a cabeça e tocou no meu rosto e eu dei um tapa na mão dele.

Carol: alguém me explica que porra é essa?- ele riu de lado.

- abusada né, assim que eu gosto.- ele puxou meu cabelo e beijou minha bochecha.

Caralho nessa hora eu já tava entendendo, porra vão me estuprar! Começou a bater o desespero em mim e algumas lágrimas escorreram.

Ele sentou na cadeira que tinha ali.

- vai chamar a Cristina!- ele falou pro menino que me trouxe e ficou me olhando minimamente.

Carol: o que você quer comigo? Me deixa ir embora.- falei chorando e os outros caras também tavam me olhando como se eu fosse um pedaço de carne.

Minha roupa tava toda suja e rasgada em algumas partes.

- tu jaja vai saber, fica caladinha aí e deixa eu olhar pro teu corpo que mais tarde vai ser meu.- comecei a chorar.

Em poucos segundos uma mulher mais velha entrou e ficou me olhando.

- ae Cristina, tu tá liberada agora pô.

Cristina: como tá tão linda, eu te vi neném, te peguei no colo, até seu pai te tomar de mim.- ela se aproximou e eu olhei estranho pra ela.

De onde ela me conhece?

Carol: você me conhece?

- bora Cristina vaza.- ela olhou séria pra ele e um cara levou ela pra fora.

Os outros saíram pra fora e eu fiquei sozinha com ele, puta que pariu eu vou morrer.

- é o seguinte mina, tu é minha a partir de hoje. Aquela mulher que saiu é sua avó, ela te vendeu desde que tu nasceu pra o antigo dono pra pagar uma dívida do maridinho dela, mas deu errado e depois o dono morreu e eu herdei o morro junto com as pendências, e uma delas é tu. Vi tua foto e só esperei o momento certo pra te trazer.

Carol: você é louco!- gritei me levantando.- eu nunca vi essa mulher na minha vida!

- cala a boca caralho, me respeita porra!- ele apertou meu braço com força- tu agora é propriedade minha pra pagar divida, foda-se o que você acha!

Carol: me solta.- falei chorando e ele me levou pra fora da boca e me jogou dentro do carro e me levou pra uma casa grande.

- entra aí.- ele me empurrou- essa é minha casa, tu vai ficar aqui, vou pedir pra minha irmã te ajudar com os bagulho que tu precisar, mas tu nem ousa colocar o pé fora dessa casa sem minha permissão, entendeu?- bufei olhando pra ele.- me chama de PK parcera.

Ele saiu de casa me trancando por inteiro, tentei procurar um celular ou algum computador, mas não achei nada, fui tentar escapar, mas a casa tava rodeada de vapor.

Sentei no chão me encolhendo e comecei a chorar, porra porque isso tá acontecendo? O que eu fiz pra merecer isso? Ser vendida? Como assim?

Me deitei ali mesmo e acabei dormindo, acordei escutando alguém me chamar, quando vi era o filho da puta.

Pk: ae mina toma.- ele jogou umas bolsas em cima de mim e vi que eram roupas.- comprei umas coisa pra tu, sobe e vai tomar um banho pô e para de chorar porra.

Fiquei calada e subi, entrei no box e tomei um banho demorado, mas com medo dele invadir o banheiro e fazer algo comigo, aliás, eu tô com muito medo porque sei que ele vai tentar...

Sai me vestindo e fiquei no quarto até ele abrir a porta entrando.

Pk: vai fazer uma comida pra gente, Carol né?- revirei os olhos.

Carol: desculpa, mas eu não sou sua empregada.- ele respirou fundo.

Pk: você é propriedade minha filhona, então você tem que fazer o que eu quiser e o que eu mandar!- ele falou alto apertando meu braço de novo.

Senti uma lágrima escorrer e sai pra cozinha, fiz a comida e ele sentou na mesa.

Pk: vai comer não?- neguei.

Carol: cara, por que você tá fazendo isso? Você não tem coração?- falei chorando.

Pk: dívida é divida, tem que ser paga de algum jeito, e quando eu vi que tu ia ser pagamento nem hesitei.

Levantei da mesa e corri pro quarto, fechei a porta e fiquei no quarto com medo dele arrombar a porta e entrar, mas passou horas e nada. Passei a noite chorando querendo ir pra casa, ver meus pais, fiquei olhando pra janela, nem televisão eu tinha, a minha vida vai ser um inferno, eu só quero um jeito de me libertar.

Eu nunca conheci minha avó, sempre quis porque via meus amigos com as avós, mas aí eu descubro que ela me vendeu, filha da puta!


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Galeraaa acabei de soltar um capítulo do livro novo, não aguentei a ansiedade pra soltar em dezembro, mas talvez os próximos saiam em dezembro mesmo, então vão aqui no meu perfil e leiam please❤

Cês tão gostando da história? Tô vendo tantas visualizações e pouquíssimos votos😔

Crias do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora