45

4.3K 303 98
                                    

Carol 🍒

Já faz 1 semana que eu tô aqui, 1 semana sofrendo longe das pessoas que eu amo, 1 semana sem ver ninguém além do monstro do PK. Eu passo o dia inteiro aqui isolada do mundo, ele não me deixa sair com medo de eu fugir ou acionar alguém, tipo meu pai.

Ele tem uma irmã, as vezes ela vem aqui mas ainda não tive oportunidade de ficar sozinha com ela, acho que ela me ajudaria a fugir...

Pk: caralho que comida ruim, tu podia se esforçar mais porra!- respirei fundo.

Carol: Eu não sou chefe de cozinha já falei.- ele me olhou sério.

Pk: pensa que eu não sei que tu faz de propósito porra?

Carol: só sei fazer uma coisa boa quando tô feliz!- ele levantou e se aproximou de mim.

Pk: trata de aceitar que a sua vida é essa agora, para de drama caralho, tu nunca vai sair daqui, tu é minha entendeu?- ele falou alto e eu engoli seco querendo chorar.

Bruna: Pk?- ela entrou falando e veio até a cozinha.

Pk: aí tu entra assim na minha casa?- ela revirou os olhos.

Bruna: trouxe um presentinho pra ti, toma, que pena que fui mal recebida né.- ela jogou uma sacola na mão dele que abriu olhando uma corrente.

Pk: pô valeu aí gata.- ela abriu um sorriso e saiu puxando ele lá pra cima.

A Bruna é uma das putas dele, ela sempre vem aqui com ele, me trata super mal achando que eu quero alguma coisa com esse embuste. Não que ele não tenha tentado, tentou até demais, mas eu sempre fujo e fico dentro do quarto até ele sair.

Lavei a louça e fui pra sala assistir o que tava passando na televisão e depois de um tempo ele desceu com ela. Ela me olhou com deboche e deu um beijo nele saindo.

Pk: ae pô tá precisando de alguma coisa?

Carol: minha casa, minha antiga vida!- ele revirou os olhos.

Ele sentou do meu lado e começou a passar a mão na minha coxa, empurrei a mão dele, mas o desgraçado voltava. Ele me encarou e me puxou me dando um beijo.

Tentei me soltar mas ele me segurou forte, ele pode ser o mais lindo do mundo, mas eu odeio ele por tá me fazendo de escrava e prisioneira.

Carol: Eu te odeio.- gritei e subi pro quarto correndo e ele veio atrás, antes que eu fechasse a porta ele me empurrou entrando.

Pk: foi mal aí, não vou te forçar a nada não carai, vou deixar as coisas fluir naturalmente, sei que tu vai ceder uma hora.

Carol: nunca.- ele negou rindo e saiu do quarto.

Eu só queria dar um jeito de sumir, sinto muita saudade da minha mãe, meu pai, mesmo ele brigando comigo, meus irmãos, meus amigos...

Acabei dormindo e acordei com um falatório do caralho lá em baixo, sai do quarto e vi que os traficante tavam reunido na sala bebendo e assistindo o jogo, resolvi voltar pro quarto e ficar olhando a rua pela janela.

Crias do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora