🌟 ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 𝔲𝔪

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"𝕹𝖔 𝖋𝖚𝖓𝖉𝖔 𝖉𝖊 𝖚𝖒 𝖇𝖚𝖗𝖆𝖈𝖔 𝖔𝖚 𝖉𝖊 𝖚𝖒 𝖕𝖔ç𝖔, 𝖆𝖈𝖔𝖓𝖙𝖊𝖈𝖊 𝖉𝖊𝖘𝖈𝖔𝖇𝖗𝖎𝖗-𝖘𝖊 𝖆𝖘 𝖊𝖘𝖙𝖗𝖊𝖑𝖆𝖘." - 𝕬𝖗𝖎𝖘𝖙ó𝖙𝖊𝖑𝖊𝖘.

" - 𝕬𝖗𝖎𝖘𝖙ó𝖙𝖊𝖑𝖊𝖘

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𝕾𝖎𝖓𝖔𝖕𝖘𝖊

Você sabe o que acontece quando uma estrela morre? Ela se torna humana, e a terra o purgatório para astros que deixaram de brilhar na imensidão do universo.
Essa é a história de Athena, a estrela morta que anseia por retornar para o seu lar, a imensidão do universo.

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𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖚𝖒.

As lágrimas insistiam em cair, enquanto seu corpo balançava de um lado para o outro com os braços em volta de suas pernas. A falta de ar, seguida de uma forte tontura, indicavam o início de mais uma crise de pânico. Pela segunda vez no mesmo dia, uma enfermeira adentrava o pequeno quarto junto a outros quatro enfermeiros. A pequena moça, encolhida em um canto do aposento tenta se afastar com muito esforço devido a falta de ar que a assolava naquele instante, todavia seus esforços foram em vão, logo sendo agarrada por dois enfermeiros os quais já conhecia muito bem. Por alguns minutos tentou se debater, gritar e implorar por ajuda, mesmo sabendo que ninguém ali a salvaria, entretanto, seus gritos e chutes não resultaram em nada além de mais dois enfermeiros a segurando para que pudesse ser controlada, enquanto a enfermeira, por sua vez, preparava pela segunda vez uma injeção com calmante, que seria aplicada diretamente na veia da garota, buscando um efeito mais rápido.

Em seu olhar, o desespero ao ver a enfermeira caminha em sua direção era nítido. Encarou a mulher e gritou novamente por piedade, mas não obteve êxito em sua súplica, concluindo por fim que seu pedido para que a mulher não a sedasse de novo não adiantaria, fechou os olhos deixando as lágrimas rolarem pelas suas bochechas, ao mesmo tempo em que tentava controlar sua respiração.

— Eu não quero dormir. — disse enquanto sentiu a agulha perfurar sua pele e o cansaço tomar conta de seu corpo. Estava desmaiada novamente.

Largaram então seu corpo sobre a cama e a trancaram novamente no quarto vazio, deixando a menina desacordada sozinha novamente. Aliviados, suspiraram ao ouvirem o silêncio que não tardaria a ser quebrado pela garota assim que acordasse. Estava ali fazia pouco menos de dois meses, porém suas crises haviam aumentado consideravelmente durante os dias que se passavam. Os episódios costumavam ocorrer apenas uma vez na semana, mas agora haviam se tornado cada vez mais recorrentes, fazendo com que os enfermeiros tivessem que a visitar mais de cinco vezes ao dia para lhe medicar, sem contar com as horas de suas refeições, as quais as vezes lhe eram negadas por mal comportamento.

Ninguém sabia como lidar com a garota, e apesar de Athena se encontrar em um hospital psiquiátrico e estar inserida em um meio com pessoas muito menos lúcidas do que ela, o seu sofrimento parecia cômico para alguns que a rodeavam. Algumas enfermeiras paravam na porta do quarto da menina e ouviam suas histórias, tendo a certeza de que elas não passavam de delírios de uma jovem mente perturbada. A forma como era tratada ali era tão desumana, que desde quando chegou, Athena jamais teve um exemplo de como era ser tratada com humanidade. Estava sozinha, em um lugar desconhecido e com pessoas que riam de sua confusão, estava com medo, mas ninguém ali parecia a entender. Estava louca para todos que a rodeavam.

CHUVA DE ESTRELASOnde histórias criam vida. Descubra agora